quinta-feira, julho 10, 2025
More
    HomePoderBrasilMEC recua e anula suspensão de cotas na pós-graduação adotada por Weintraub

    MEC recua e anula suspensão de cotas na pós-graduação adotada por Weintraub

    Publicado em

    O Ministério da Educação tornou sem efeito a revogação da portaria que estipula a reserva de vagas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em programas de pós-graduação de instituições federais de ensino superior. A extinção havia sido determinada pelo então ministro da Educação, Abraham Weintraub, na última quinta-feira, 18.

    Uma nova portaria, publicada no DOU (Diário Oficial da União) desta terça-feira, 23, diz que a decisão de Weintraub, a última dele à frente da pasta antes de ser demitido, não tem mais validade já a partir desta terça. O texto é assinado pelo ministro interino, Antonio Paulo Vogel de Medeiros.

    A ação de Weintraub havia sido contestada no STF (Supremo Tribunal Federal) por partidos da oposição, que alegavam “flagrante retrocesso na garantia de direitos fundamentais”. Na sexta-feira, 19, o ministro Gilmar Mendes, relator do caso, havia dado um prazo de 48 horas para a Advocacia-Geral da União se manifestar sobre o assunto.

    Organizações ligadas ao movimento negro também haviam protocolado um mandado de segurança pedindo a suspensão da revogação no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

    Em vigor desde maio de 2016, a portaria original foi editada ainda no governo Dilma Rousseff (PT) e previa que as universidade federais criassem sistemas de reserva de vagas para esses públicos em mestrados e doutorados.

    Apesar de obrigar universidades a criarem comissões para inclusão de negros, indígenas e pessoas com deficiência na pós-graduação, a portaria não determina percentuais de reserva nem prevê sanções à universidade em caso de descumprimento.

    Nos bastidores do MEC, a revogação da medida era tratada como uma missão que Weintraub queria cumprir antes de deixar o o cargo, como um fato simbólico. Na reunião ministerial do dia 22 de abril, além de defender prisão de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), ele disse odiar o termo ‘povos indígenas’.

    Em entrevistas, o ex-ministro se dizia favorável às cotas de caráter social, mas afirmava não concordar com reserva de vagas com critério racial. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem histórico de minimizar o racismo no país e sempre foi crítico da lei de cotas.

    Leia mais:
    Secretaria de Educação do Amazonas faz pesquisa sobre volta às aulas
    Ao lado de Bolsonaro, ministro Weintraub anuncia saída do cargo

    Com informações da Folha Pressa e do Portal Amazonas Atual*

    Últimos Artigos

    Com telessaúde, tempo de espera por consulta cai para 19 dias no Amazonas

    Programa Saúde AM Digital promove inclusão, reduz filas e moderniza a rede pública com...

    Leituristas da Águas de Manaus passam a aceitar Pix e cartão

    Nova modalidade busca facilitar quitação de débitos e inclui negociação de dívidas e atualização...

    Como Manaus conseguiu reduzir em 90% os assaltos a ônibus?

    Implantação de câmeras, biometria facial e presença da Romu contribuem para redução nos casos A...

    Campanha da Petrobras com Camila Pitanga é acusada de greenwashing

    Entenda o conceito de greenwashing e por que ambientalistas apontam contradição entre discurso institucional...

    Mais artigos como este

    Com telessaúde, tempo de espera por consulta cai para 19 dias no Amazonas

    Programa Saúde AM Digital promove inclusão, reduz filas e moderniza a rede pública com...

    Leituristas da Águas de Manaus passam a aceitar Pix e cartão

    Nova modalidade busca facilitar quitação de débitos e inclui negociação de dívidas e atualização...

    Como Manaus conseguiu reduzir em 90% os assaltos a ônibus?

    Implantação de câmeras, biometria facial e presença da Romu contribuem para redução nos casos A...