O empresário Francisco Dantas confirma que a investigação é resultado da denúncia do deputado Dermilson Chagas (PP) feita em fevereiro, mas nega o que havia dito para o Procurador do Ministério Publico de Contas (MPC) do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Carlos Alberto, sobre o pagamento de “mensalinho” no valor de R$ 20 mil para agentes políticos e deputados estaduais, com o objetivo de manter o contrato com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), para o transporte escolar.
A reunião com o Francisco Dantas para o esclarecimento sobre a suposta corrupção no contrato de R$ 46 milhões feito com a Seduc, que durou cerca de três horas, aconteceu na tarde desta quarta-feira (11) na presidência da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), com portas fechadas. Na saída o empresário aproveitou a distração da imprensa que estava entrevistando o Dermilson, e saiu sem falar com os jornalistas.
Com a imprensa, Dermilson afirmou que Dantas disse aos deputados que não existe o pagamento de “mensalinho” para agentes políticos ligados ao governador Wilson Lima, e que o que ele havia dito ao Procurador sobre o fato é mentira. “As únicas coisas que ele afirmou serem verdadeiras são que a empresa não possui estrutura para suprir toda a demanda do transporte escolar do Amazonas, e que por isso, quarterizou o serviço. Ou seja, ganhou R$ 46 milhões e contratou outras empresas e uma delas foi a LL Transporte. Além disse, ele admitiu também que existem mais de dois mil trabalhadores que foram contratados, e que não tiveram suas carteiras assinadas e nem sequer foram chamados para prestarem os serviços”, disse.
Dermilson ponderou que a reunião foi negativa, já que o empresário negou tudo e que agora é continuar colaborando com as investigações e aguardar o resultado. “Vamos continuar juntando provas e repassar para os órgãos responsáveis pela investigação. Infelizmente a reunião de portas fechadas contribuiu para o não esclarecimento do senhor Dantas”, disse.