O prazo para Jair Bolsonaro apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) provas das declarações sobre supostas fraudes nas eleições de 2018 expira na segunda (5), mas o presidente já declarou que só apresenta as provas “se quiser”.
Na última sexta-feira (2), Bolsonaro disse não ter obrigação de provar “nada para ninguém”.
Ele afirmou em diversas ocasiões que divulgaria evidências comprovando que o último processo eleitoral para a Presidência da República foi fraudulento.
De acordo com Bolsonaro, ele deveria ter ganhado no primeiro turno.
Sem se importar com a determinação do TSE, o presidente prometeu se reunir com hackers para demonstrar falhas no sistema que o elegeu.
“Eu pretendo, já fizemos contato com as pessoas que entendem do assunto, são hackers, para fazer uma demonstração pública. Lógico que a televisão não vai mostrar, eu vou fazer uma live. A tevê tem interesse em qualquer candidato, menos em mim. Eu acabei com a teta deles, pô. Era um dinheiro público de fazer pena”, disparou.
O chefe do Planalto tem sido o principal defensor da implementação de um modelo de voto impresso.
A proposta está em discussão na Câmara dos Deputados e, segundo o presidente, isso é necessário porque a urna eletrônica tem sido “aperfeiçoada para o mal”.
A cúpula do TSE, contudo, tem feito reiteradas críticas ao projeto, em especial o ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, para o qual uma mudança nesse sentido seria um retrocesso.
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