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    Acordo entre países para potencializar o mercado de ópera no Brasil será assinado em Manaus

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    Henrique Pires é o responsável pela pasta de cultura nacionalmente, ele ocupa o cargo de secretário especial de Cultura no Ministério da Cidadania. Estará em Manaus no próximo dia 26 de maio, para assinar um acordo com a Ópera Latinoamérica (OLA), entidade que reúne teatros de ópera de toda a América Latina e Espanha.

    O acordo marca a disposição do governo brasileiro de atuar em conjunto para facilitar as coproduções e intercâmbio de montagens entre os países, reduzindo custos em todo o processo, ampliando a oferta e os negócios que podem ser gerados nessa área.

    A assinatura do acordo, com a presença do governador Wilson Lima, ocorrerá como parte da programação do 22º Festival de Ópera do Amazonas (FAO). O secretário estadual de Cultura, Marcos Apolo Muniz, disse que as conversas em torno dessa adesão do governo brasileiro iniciaram logo que a programação do FAO começou a ser formatada e que este é um passo importante para a potencialização econômica do setor.

    Henrique Pires também vai participar, em Manaus, no mesmo dia, do “Encontro Teatros de Ópera e a Economia Criativa na América Latina”, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC), durante o FAO. Segundo o secretário especial, promover a ópera e toda a cadeia produtiva desse setor é fundamental.

    “O país tem uma longa tradição operística, que remonta ao período da Corte Portuguesa no Brasil. No entanto, apesar de todo o valor cultural e potencial comercial da ópera, das obras de autores de renome internacional, como Carlos Gomes, dos maravilhosos teatros em Manaus, São Paulo e no Rio de Janeiro, ainda existe pouca oferta de espetáculos nessa área”, afirmou.

    Ele considera, portanto, que esse encontro que está sendo promovido pela SEC é de extrema importância para municiar governos, sociedade e setores criativos com informações e estratégias capazes de transformar essa realidade, incluindo a ópera no cenário cultural brasileiro em todos os estados.

    Participarão do encontro em Manaus, além de Henrique Pires, a diretora executiva da OLA, Alejandra Martí; a chefe do Departamento de Economia Criativa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Trinidad Zaldivar; a diretora executiva do FAO, Flávia Furtado; o diretor executivo da Ópera da Colômbia, René Coronado; os secretários de Cultura de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, e do Rio de Janeiro, Ruan Lira; além do presidente da Academia Brasileira de Música, João Guilherme Ripper.

    Economia criativa

    De acordo com o secretário a economia criativa formal registrou 837,2 mil profissionais empregados em 2017, especialmente nos setores de Pesquisa & Desenvolvimento, Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), Publicidade, Marketing e Arquitetura. A remuneração na indústria criativa, ele citou, é superior à média da economia nacional, segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

    “Enquanto a média salarial do trabalhador brasileiro foi de R$ 2.777 em 2017, os profissionais criativos mais qualificados receberam R$ 6.801. Nas artes cênicas, que inclui o setor de ópera, os profissionais criativos tiveram rendimentos médios de R$ 11.362”, relacionou.

    Na outra ponta, diz ele, o artesanato brasileiro, por exemplo, emprega milhares de pessoas nas cinco regiões, mobiliza recursos naturais e manufaturados, significa o rendimento de muitas famílias, gera impostos e promove a nossa diversidade globalmente. “O alcance social e econômico dessa atividade é enorme, mas carece da coleta e aferição de dados substantivos e regulares que comprovem a sua força e o seu potencial”, ressaltou.

    A economia criativa brasileira, na sua avaliação, possui características distintivas que privilegiam o seu posicionamento nos principais mercados produtores e consumidores. “A ópera, junto das demais atividades culturais, demanda a continuidade de programas e de mecanismos exitosos, bem como a adoção de políticas públicas que propiciem a utilização do potencial dos setores criativos”, complementou.

    Sobre o Festival Amazonas de Ópera

    O FAO é uma realização do Governo do Amazonas, por meio da SEC, com patrocínio master do Bradesco, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cidadania e Secretaria Especial de Cultura. O evento, que começou no dia 26 de abril, segue com apresentações de ópera, recitais e concertos até 30 de maio.

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