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    Após declarações do AI-5, Eduardo Bolsonaro pede desculpas

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    O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) voltou atrás nesta quinta-feira e pediu desculpas após dar declarações sobre o AI-5 . Em entrevista ao programa “Brasil Urgente”, o filho do presidente Jair Bolsonaro disse que houve uma “interpretação deturpada” do que foi falado e afirmou que não há uma proposta para a volta do ato institucional decretado durante a ditadura militar e que afronta a Constituição de 1988.

    — Eu peço desculpas a quem porventura tenha entendido que estou estudando o retorno do AI-5 ou achando que o governo, de alguma maneira, estaria estudando qualquer medida nesse sentido. Essa possibilidade não existe. Agora, muito disso é uma interpretação deturpada do que eu falei — disse Eduardo, que ressaltou não fazer parte do governo.

    Em entrevista à jornalista Leda Nagle, feita na segunda-feira e publicada na manhã desta quinta-feira, o deputado havia dito que, caso acontecesse uma radicalização da esquerda, a resposta poderia vir via “um novo AI-5”.   A declaração foi dada depois que a jornalista perguntou sobre os acontecimentos políticos  em países vizinhos, como a eleição da chapa de Cristina Kirchner na Argentina e os protestos no Chile.

    — Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual a do final dos anos 60 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, quando executavam-se e sequestravam-se grandes autoridades, consules, embaixadores, execução de policiais, de militares. Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E a resposta, ela pode ser via um novo AI-5, via uma legislação aprovada através de um plebiscito, como aconteceu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada — afirmou Eduardo.

    Já no programa do Datena, o deputado afirmou que não há “qualquer possibilidade” de retorno do AI-5 e disse que “talvez” tenha sido infeliz em sua fala.

    — Se a esquerda radicalizasse aqui no Brasil, alguma medida seria tomada. Porque isso não configura o exercício pleno da democracia. Isso impede as pessoas de seu direito básico de ir e vir — disse Eduardo, citando os protestos que acontecem no Chile. — Eu talvez tenha sido infeliz de falar no AI-5, porque não existe qualquer possibilidade de retorno do AI-5, mas, nesse cenário, o governo tem que tomar as rédias da situação.Antes da entrevista de Eduardo, Jair Bolsonaro rebateu a fala do filho ao dizer que “está sonhando” quem fale da edição de um novo Ato Institucional nº5. Depois, o presidente foi ao programa do Datena e contou que pediu para que o deputado se desculpasse para aqueles que não o entenderam.

    Reportagem de O Globo*

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