Com Jair Bolsonaro (PL) inelegível até 2030, o nome da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, vem ganhando destaque entre os aliados evangélicos, como uma opção para as eleições de 2026.
Após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Michelle afirmou em suas redes sociais: “Estou às suas ordens, meu Capitão”.
Um possível movimento seria uma chapa, para a presidência, composta pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e Michelle como sua vice. Outra possibilidade é que Michelle concorra ao Senado.
Para os aliados, a dupla representa os valores defendidos pela direita e pode atrair ainda quem é do centro, com discursos embasados pelo cristianismo e pela família tradicional.
Durante as últimas eleições, Michelle Bolsonaro atuou ativamente nas campanhas, o que incluiu visitas em diversos municípios e propaganda de TV. Hoje é líder do PL Mulher, vertente do partido para impulsionar a participação feminina na política.
Em sua posse, a líder afirmou: “O PL é o partido que mais valoriza a mulher e vamos ter esse canal… Isso aí, podem aplaudir. Juntas vamos ter esse canal para incentivar e estimular a participação da mulher no cenário político eleitoral, respeitando sempre as diferenças de cada uma como protagonista de sua própria história”.
Em entrevistas, a ex-primeira dama não descarta a possibilidade de candidatura:
“Agora, se no meio do caminho o meu coração arder, eu posso até vir a ser candidata a um cargo do Legislativo.”
Polêmicas
Durante esses anos, Michelle Bolsonaro já esteve no centro de algumas polêmicas.
Este ano, a Polícia Federal teve acesso a mensagens que mostram o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de Jair Bolsonaro, orientando que a ex-primeira e sua família pagassem as despesas em dinheiro vivo. Os pagamentos eram feitos sempre da mesma forma: em dinheiro vivo e de forma fracionada.
Em 2021, o governo Jair Bolsonaro tentou trazer ao Brasil de forma irregular joias avaliadas em R$ 16,5 milhões. As joias eram presentes do governo da Arábia Saudita para a então primeira-dama.
Reportagem elaborada pelo “O Estado de S. Paulo” afirma que Michelle recebeu em mãos um segundo kit de joias, enviado pelo país saudita. As joias poderiam ter entrado no Brasil sem pagar imposto, desde que fossem declaradas como presente para o Estado brasileiro, mas, neste caso, ficariam com a União.
Inelegibilidade de Bolsonaro
Jair Bolsonaro foi declarado inelegível em processo julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo placar de 5 votos a 2. Dessa forma, ele fica impossibilitado de concorrer até 2030.
Bolsonaro foi acusado de difamar, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro para embaixadores estrangeiros em 2022.
Para a Folha de S. Paulo, Bolsonaro afirmou que, apesar da falta de experiência de Michelle, ele irá apoiá-la em possível candidatura. “Se ela quiser, ela pode sair candidata. Mas o que eu converso com a Michelle é que ela não tem experiência. Para ser prefeito de cidade pequena já não é fácil. Lidar com 594 parlamentares [entre deputados e senadores] não é fácil também. Eu acredito que ela não tem experiência para isso. Mas é excelente cabo eleitoral”, declarou.
Leia mais:
Michelle fará ato político em apoio a Wilson Lima em Manaus
Com informações da Gazeta da Amazônia*
 inelegível até 2030, o nome de Michelle Bolsonaro vem ganhando destaque como candidata à presidência em 2026.){kind=link}