domingo, dezembro 22, 2024
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    ZFM supera meta de produção de motos e abastece 98% do mercado

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    As fabricantes instaladas no polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM) superaram, até novembro, toda a produção de 2018. Foram fabricadas 1.038.696 motocicletas, produção 7,2% superior às 968.976 de igual período do ano passado. Isso faz a indústria do Amazonas movimentar 98% do mercado nacional.

    Para a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o resultado consolida a ZFM como importante centro de geração de negócios do Brasil.

    Também confirma as projeções da entidade de fabricação de 1.105.000 motocicletas em 2019, correspondendo a uma alta de 6,6% na comparação com 2018 (1.036.788 unidades).

    De acordo com Hilário Kobayashi, primeiro vice-presidente da Abraciclo, o aumento da produção de motocicletas no polo industrial da ZFM visa ao atendimento de uma demanda crescente verificada no ano.

    “Entre os principais fatores que estimulam os negócios está a maior oferta de crédito pelos bancos de grande porte, além das instituições financeiras de montadoras e, mais recentemente, até mesmo dos chamados bancos digitais”, afirmou.

    Modernidade do parque industrial

    Outro fator que tem contribuído para a evolução dos negócios é a modernização das motocicletas com novas tecnologias e design mais atrativo.

    “Além disso, a motocicleta torna a mobilidade urbana mais ágil, flexível, com baixo consumo de combustível e menor custo de manutenção”, disse Kobayashi.

    Ele aponta como exemplo disso o recorde histórico de vendas das motocicletas da categoria Scooter registrado antes mesmo do final do presente ano.

    Números da produção

    Somente em novembro, saíram das linhas de montagem da ZFM 93.128 motocicletas, correspondendo a uma alta de 3,4% em relação ao mesmo mês do ano passado (90.108 unidades).

    No entanto, na comparação com outubro do presente ano (109.118 unidades), houve um recuo de 14,7%.

    Vendas no atacado

    De janeiro a novembro, as vendas de motocicletas no atacado, ou seja, das fabricantes para as concessionárias, totalizaram 1.012.967 unidades, significando um crescimento de 13,7% ante as 890.737 unidades registradas no mesmo período de 2018.

    Somente em novembro, as vendas no atacado somaram 94.358 unidades, correspondendo a um aumento de 8,3% em relação ao mesmo mês de 2018 (87.136 unidades), mas com recuo de 8% na comparação com outubro do presente ano (102.545 unidades).

    Mais vendidas

    No acumulado até novembro, com 503.138 unidades e 49,7% de participação, a categoria mais vendida foi a Street.

    Na sequência, vieram Trail (201.600 unidades e 19,9% de participação), Motoneta (151.983 e 15%), Scooter (88.868 e 8,8%) e Naked (23.379 e 2,3%).

    Em relação às scooters, no mesmo período do ano passado as vendas tinham chegado a 62.070 unidades, com 7% de participação sobre o total.

    As posições foram mantidas no ranking específico de novembro: Street (44.560 unidades e 47,2% de participação), Trail (20.051 e 21,2%), Motoneta (13.203 e 14%), Scooter (9.964 e 10,6%) e Naked (2.281 e 2,4%).

    Mais de 4 mil motos vendidas por dia

    Segundo dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) analisados pela Abraciclo, no acumulado do ano foram licenciadas 983.148 motocicletas, volume 14,8% superior ante as 856.045 unidades registradas no mesmo período de 2018.

    Na análise isolada de novembro, os licenciamentos somaram 88.384 unidades, alta de 15,1% em relação ao mesmo mês do ano passado (76.792 unidades), mas com redução de 10,1% na comparação com outubro do presente ano (98.338 unidades).

    Em novembro, foram comercializadas 4.419 motocicletas por dia útil no mercado nacional.

    O mês contou com 20 dias úteis e sua média diária de vendas correspondeu a um crescimento de 15,1% sobre a apurada em novembro de 2018 (3.840 unidades/dia) e de 3,3% em relação a outubro do presente ano (4.276 unidades/dia) que tiveram, respectivamente, 20 e 23 dias úteis de comercialização.

    O consumo local

    Desde o início do ano até novembro, a região Norte foi responsável por 10,9% dos emplacamentos de motocicletas registrados no país. No total, foram licenciadas 107.114 unidades, significando um aumento de 7,4% em relação ao mesmo período de 2018 (99.692 unidades).

    Apenas em novembro, foram emplacadas 9.581 unidades na região Norte, representando um recuo de 3,5% na comparação com o mesmo mês de 2018 (9.925 unidades) e de 11,9% em relação a outubro do presente ano (10.875 unidades).

    No estado do Amazonas, os licenciamentos acumulados até novembro totalizaram 18.330 unidades, representando um crescimento de 23,9% na comparação com o mesmo período do ano passado (14.796 unidades).

    Em novembro especificamente, os licenciamentos somaram 2.015 motocicletas, representando um aumento de 32,7% ante as 1.518 motocicletas emplacadas no mesmo mês do ano passado e de 12,7% na comparação com outubro do presente ano (1.788 unidades).

    Na sede da ZFM, o total acumulado até novembro foi de 11.352 motocicletas licenciadas, volume 21,1% superior ante as 9.376 unidades registradas no mesmo período do ano passado.

    Apenas em novembro, os emplacamentos de Manaus somaram 1.416 unidades, correspondendo a um aumento de 49,1% em relação a novembro passado (950 unidades) e de 29,6% na comparação com outubro do presente ano (1.093 unidades).

    Dados da exportação

    No acumulado do ano até novembro, as exportações atingiram 35.560 unidades, correspondendo a uma queda de 45,3% ante as 65.062 unidades embarcadas no mesmo período de 2018.

    De acordo com dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os volumes de embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, a Argentina é o país que recebe mais motocicletas produzidas na ZFM, com 16.974 unidades e 47% de participação.

    Em segundo lugar, ficaram os Estados Unidos (6.802 unidades e 18,9%), seguidos pela Colômbia (5.208 unidades e 14,4%).

    Somente em novembro, foram exportadas 3.276 motocicletas, representando uma queda de 8,3% na comparação com o mesmo mês de 2018 (3.571 unidades) e um aumento de 4,1% em relação a outubro do presente ano (3.148 unidades).

    No ranking mensal, a Argentina mantém o posto de principal parceiro comercial com 1.246 unidades recebidas e 39,7% de participação. A Colômbia ficou em segundo lugar (743 unidades e 23,7%) e os Estados Unidos em terceiro (514 unidades e 16,4%).

    Projeção para cima

    Além de rever a estimativa de produção de motocicletas, a Abraciclo também projetou para cima os volumes de vendas no atacado e no varejo para o fechamento de 2019.

    No atacado, a previsão é de aumento de 11,8%, passando das 957.764 motocicletas repassadas das fábricas para as concessionárias em 2018 para 1.071.000 unidades até o final do presente ano. A estimativa anterior era de 1.060.000 motocicletas.

    No varejo, a perspectiva é de que 1.070.000 motocicletas sejam emplacadas, volume 13,8% superior ante as 940.108 unidades licenciadas no ano passado. A projeção anterior era de 1.020.000 unidades.

    Em relação às exportações, o novo levantamento estima embarque de 34.000 motocicletas, volume 40,5% inferior ante as 57.131 unidades registradas em 2018. Anteriormente, a expectativa era de 40.000 unidades.

    Cenário otimista para 2020

    De acordo com as projeções da Abraciclo divulgadas em 18 de novembro passado, véspera da abertura da edição 2019 do Salão Duas Rodas, a produção em 2020 deverá alcançar 1.175.000 motocicletas, o que representará uma alta de 6,3% ante as 1.105.000 unidades projetadas para o presente ano.

    Já as vendas no atacado deverão registrar aumento de 7,1%, passando das 1.071.000 unidades previstas para o presente ano para 1.147.000 motocicletas.

    No varejo, a expectativa é de alta de 6,5%, passando de 1.070.000 para 1.140.000 unidades em 2020.

    As exportações deverão continuar em queda. Os embarques deverão somar 28.000 unidades, com uma queda de 17,6% na comparação com as 34.000 unidades esperadas para o presente ano.

    Reportagem do Portal BNC*

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