O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no dia 12 de novembro a nomeação de Elon Musk para o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental. O bilionário, CEO da Tesla e SpaceX, co-liderará o órgão ao lado de Vivek Ramaswamy, ex-candidato republicano à Presidência, com o objetivo de reduzir a burocracia e reformular a gestão pública. A iniciativa marca uma nova etapa na promessa republicana de enxugar o governo federal e introduzir uma perspectiva mais privada e eficiente.
Influência e participação de Elon Musk na nova gestão
A inclusão de Elon Musk no governo reflete o impacto de suas doações milionárias para a campanha de Trump e destaca seu peso político crescente. Musk, segundo a revista Forbes, é a pessoa mais rica do mundo e já se beneficia da eleição de Trump, com a expectativa de que sua influência em Washington cresça substancialmente. A adição de um papel governamental pode alavancar o valor de mercado de suas empresas, além de abrir portas em setores estratégicos, como inteligência artificial e criptomoedas.
“Musk terá um papel importante na Casa Branca de Trump, ampliando seu alcance em diversos órgãos federais”, afirmou Daniel Ives, analista de ações da Wedbush Securities.
Objetivos do Departamento de Eficiência Governamental
A nova divisão, segundo Trump, atuará em parceria com a Casa Branca e o Office of Management & Budget para introduzir “reformas estruturais em larga escala e uma abordagem empreendedora inédita”. O trabalho deverá ser concluído até 4 de julho de 2026, coincidindo com o 250º aniversário da assinatura da Declaração de Independência dos Estados Unidos. Segundo o presidente eleito, Musk e Ramaswamy terão uma função consultiva, sem exigência de aprovação do Senado, permitindo a Musk manter suas funções corporativas.
Críticas ao novo departamento e à participação de Musk
A nomeação de Musk gerou críticas entre grupos progressistas e defensores dos consumidores. A Public Citizen, uma ONG que já se opôs a várias políticas do primeiro mandato de Trump, questionou a experiência de Musk em gestão pública. Lisa Gilbert, copresidente da organização, declarou: “Musk não tem histórico em regulamentação governamental e suas empresas frequentemente desafiam as mesmas regras que ele poderá influenciar agora. Essa é a verdadeira face da corrupção corporativa.”
Perspectivas e controvérsias
A criação do Departamento de Eficiência Governamental, com Musk e Ramaswamy à frente, representa um movimento ousado que pode remodelar a estrutura administrativa dos EUA. No entanto, o impacto dessa medida é incerto, especialmente diante das preocupações sobre possíveis conflitos de interesse e o favorecimento corporativo.
*Com informações da Forbes