Em reunião de 2h30 com a diretoria do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas), na tarde dessa quarta-feira, 9, o secretário de Educação Luís Fabian Barbosa afirmou que manterá as aulas presenciais no ensino médio, que foram retomadas no dia 10 de agosto.
“Esse retorno é um fato que se impõe, mas não é uma decisão da educação, é uma necessidade da sociedade. Só retornamos quando 100% das de ensino médio estavam adequadas. Se nós temos a garantia das aulas presenciais pelos órgãos judiciários, dos órgãos de vigilância em saúde, não temos razão para recuar”, afirmou Barbosa.
A paralisação das aulas é reivindicada pelo Sinteam. No ensino fundamental o retorno das atividades presenciais foi adiado. Inicialmente, estava previsto para o dia 24 de agosto. No médio, há rodízio de alunos com aulas intercaladas nos dias da semana.
Luis Fabian disse que também está mantida a testagem para Covid-19 de todos os professores, a orientação aos alunos quanto aos cuidados de prevenção à doença e adaptação do calendário escolar.
O secretário disse que 1,5 mil servidores do grupo de risco estão afastados do trabalho. Outros 5.154 fizeram teste para diagnosticar a Covid-19 e 4.849 (94,1%) deram negativo.
Fabian disse que está aberto ao diálogo com os professores e que a reunião desta quarta foi a quarta em dois meses.
Laudos médicos
A presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, disse que o impasse ainda não está resolvido. “Tivemos uma vitória, com a Seduc que se comprometeu a cumprir o que diz a lei em relação às cormobidades. Até a semana passada os nossos colegas estavam sendo obrigados a entregar atestado médico ou laudo com data de afastamento, agora os nossos colegas já podem entregar os laudos e já estão devidamente afastados. E você que tem mais de 60 anos não precisa comprovar nada, é sua identidade e uma declaração que Pode ser de próprio punho”, disse.
Seguindo Ana Cristina, na questão das aulas, a Seduc tem sido “intransigente”. “Vamos ter ainda que resolver a questão do não retorno presencial e a continuidade das aulas remotas. Neste ponto a secretaria continua rígida e dura com os trabalhadores sem respeitar a vida e sem levar em consideração o número elevado de trabalhadores que estão testando para Covid-19”, disse.
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Com informações do Portal Amazonas Atual*