A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta a América do Sul como o novo epicentro da pandemia do coronavírus. No Brasil, mesmo com os números da doença crescendo, muitos estados e municípios começam a reabrir as atividades do comércio e outros setores.
A OMS estima que, até o início de agosto, o número de mortos registrados no Brasil esteja em torno de 90 mil. A Universidade de Washinton estima um número ainda maior, de 125 mil mortes.
A organização listou seis critérios que os países, estados ou municípios devem observar antes de flexibilizar a quarentena. O primeiro deles é a cidade/estado possuir um sistema de saúde capaz de identificar, testar, isolar e tratar todos os pacientes e as pessoas com as quais eles tiveram contatos.
O segundo critério é garantir ambientes de trabalho e demais locais capazes de proteger as pessoas, à medida em que elas retomarem suas atividades. O terceiro seria conseguir lidar com casos importados de pessoas que venham de fora do país.
O quarto critério estabelecido pela OMS é controlar os riscos de surtos em locais sensíveis, como postos de saúde, hospitais ou casas de repouso. O quinto critério a ser observado seria medir a consciência das pessoas em prevenir o contágio e adotar as medidas preventivas que deverão passar a ser vistas pela sociedade como o “novo normal”.
E por último, a organização também reforça a importância de que a reabertura deve acontecer em países, estados ou municípios em que a taxa de contágio esteja em queda.
À Agência Senado, o médico da Família, Matheus Pacheco, destacou que o Brasil ainda possui um número de subnotificação muito grande. “A maior parte dos lugares só está testando pacientes graves, quando está testando. Se nós relaxarmos as medidas de quarentena de maneira indiscriminada, é uma certeza de que haverá um segundo pico”, destacou.
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Por Cíntia Ferreira, do Portal Projeta