Na semana passada, o Governo Federal anunciou a redução nos preços dos combustíveis nas refinarias de todo Brasil. Foi autorizado o desconto de 7,16% no preço da gasolina e 6% no preço do diesel, cuja redução seria repassada aos consumidores. Após quase uma semana dos preços caírem nas refinarias, a redução não chegou aos postos de Manaus.
Ao contrário do que aconteceu em todo País, os combustíveis em Manaus tiveram aumento de preço. É o caso da gasolina, que subiu de R$ 3,99 para R$ 4,58.
Diante da insistência das distribuidoras de combustível e de donos de posto em não reduzirem os preços, o vice presidente da CPI dos Combustíveis na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Fausto Jr, disse que a comissão já está investigando os contratos entre refinarias, distribuidoras e postos de combustível.
“Recebemos a informação que as distribuidoras não repassaram aos postos os descontos concedidos pela refinaria”, destacou Fausto. “Isso é mais uma prova da formação de cartel na venda de combustíveis no Amazonas. Quem sempre fica no prejuízo é o consumidor”, afirmou o deputado.
A combinação de preços também chegou ao interior do Amazonas, onde a gasolina chega a custar R$ 5,10 o litro. Em contrapartida, a Refinaria de Manaus (Reman) está comercializando o litro da gasolina a R$ 1,85, segundo informou a Petrobrás.
Além da investigação realizada pela CPI, que está analisando as notas fiscais de compra e venda de gasolina pelas distribuidoras, o Procon-AM notificou cinco empresas que distribuem combustível no Amazonas.
O Procon quer saber o motivo das distribuidoras não repassarem aos postos o desconto concedido pela refinaria. “Queremos saber o motivo do não repasse que está trazendo prejuízo a milhares de motoristas, que não recebem o desconto concedido pelo Governo Federal”, cobrou o diretor do Procon-AM, Jalil Fraxe.