Representantes da ONU visitam área revitalizada em Manaus, que integra projeto latino-americano de recuperação ecológica
No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, a lagoa da Compensa, localizada na zona oeste de Manaus, recebeu a visita técnica de representantes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), do governo federal e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O local, totalmente revitalizado, foi apresentado como exemplo de requalificação urbana com foco em sustentabilidade e recuperação ambiental.
Manaus integra projeto global de restauração de ecossistemas
A visita faz parte de uma iniciativa do Pnuma voltada à restauração de ecossistemas urbanos em cidades da América Latina. O programa contempla ações de agricultura urbana, uso sustentável de áreas públicas e mitigação de impactos das mudanças climáticas. No Brasil, apenas Manaus e Curitiba foram selecionadas para participar do projeto.
Segundo o controlador-geral do município, Alessandro Moreira, a proposta do programa é utilizar áreas urbanas degradadas como ferramentas de combate às mudanças climáticas, promovendo melhorias na qualidade da água, do ar e da vida nas cidades.
Lagoa recebe infraestrutura e tratamento ecológico da água
Durante a visita, os técnicos conheceram a infraestrutura implantada na lagoa da Compensa, que inclui áreas de convivência, pista de caminhada, espaço para animais de estimação, banheiros, academia ao ar livre, quadras esportivas, anfiteatro e jardins. Um dos destaques foi o uso de plantas aquáticas no tratamento da água, técnica que contribuiu para a eliminação do mau cheiro e para o retorno de peixes e aves à área.
Maira Bombachini, pesquisadora da FGV, destacou a transformação: “É impressionante como as plantas filtram a água. O local, que antes era insalubre, hoje tem água limpa, sem odor, com vida aquática e uso comunitário”.
Sustentabilidade com participação comunitária
Segundo a equipe técnica local, o projeto foi executado com materiais reciclados e apoio de trabalhadores da limpeza urbana, utilizando também recursos provenientes de compensações ambientais. Além da lagoa da Compensa, a comitiva visitou o lago Edinho Mendes, o Viveiro da Semulsp e projetos de educação ambiental, coleta seletiva e reaproveitamento de resíduos.
A iniciativa mostra como espaços urbanos abandonados podem ser transformados em áreas sustentáveis por meio da colaboração entre poder público e comunidade.
Experiência será incluída em publicação internacional
A experiência de Manaus será destaque em uma publicação internacional do Pnuma, que reunirá exemplos de cidades que enfrentam os desafios da urbanização com soluções criativas e ecológicas. A lagoa da Compensa passa a ser referência global em recuperação de áreas degradadas com participação comunitária.