A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) estuda o retorno das atividades acadêmicas por meio remoto a partir de agosto. A proposta de ensino remoto será encaminhado ao Conselho de Ensino e Pesquisa (Consepe).
De acordo com a instituição, a proposta, em caráter excepcional e por calendário especial, foi discutida em uma série reuniões da Comissão de Assessoria da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação.
Pelo plano de retomada, as atividades curriculares ocorrerão, se aprovado, no período entre agosto e dezembro, de maneira facultativa.
A Ufam informou que as aulas remotas devem ser “facultativas e por adesão de professores e estudantes, com garantia de direitos para os discentes que optarem por não aderirem” à proposta.
De acordo com a Ufam, um Plano de Biossegurança foi criado e traz diretrizes e orientações de retorno das atividades presenciais da universidade.
O documento destaca que, em análise ao panorama epidemiológico do estado do Amazonas, em especial na cidade de Manaus e nos municípios de Coari, Itacoatiara, Parintins, Benjamin Constant e Humaitá, onde a Ufam tem seus campi, concluiu-se que, a oferta de disciplinas por ensino remoto por adesão é a única proposta viável para o momento, além de não ser excludente em relação aos estudantes que por algum motivo não possam cursar disciplinas nessa modalidade.
Covid-19 no Amazonas
Em todo o Amazonas, são mais de 100 mil casos confirmados do novo coronavírus. O primeiro caso da doença foi confirmado no dia 13 de março e, desde lá, a rápida disseminação do vírus colocou o Estado entre os piores cenários do País, com colapso no sistema público de saúde e no sistema funerário.
A pandemia do novo coronavírus levou o sistema público de saúde de Manaus ao colapso, entre os meses de abril e maio. Unidades de saúde ficaram superlotadas. Houve, ainda, falta de mão-de-obra e leitos de UTI para atender a demanda de pessoas com o novo coronavírus e, também, com outras doenças.
Em junho, o governo sinalizou que o número de casos confirmados de Covid-19,hospitalizações e óbitos causados pela doença demonstram que a pandemia está em processo de desaceleração no estado. Em maio, por exemplo, a o número de hospitalização por dia era de 100. Neste mês de julho, caiu para menos de 30.
Especialistas ouvidos pelo G1 apontam como uma das explicações a “imunidade de rebanho” – estratégia que parte do princípio de que, uma vez que grande parte da população já tenha sido infectada, indivíduos ainda vulneráveis têm menor chance de contágio.
O comércio na capital amazonense começou a reabrir, de forma gradual, no dia 1º de junho. Nesta segunda-feira (6), o Governo do Amazonas autorizou a abertura de bares e instituições de ensino privada, no quarto e último ciclo do plano estadual de retomada das atividades econômicas não essenciais.
Na segunda (28), o Governo publicou um novo cronograma de abertura de atividades de cultura, esporte e lazer em Manaus.
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Com informações do G1*