O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu um passo a mais na escalada das tensões com o Ocidente após a invasão da Ucrânia. Ele ordenou neste domingo que as forças de dissuasão nuclear russas sejam postas em alerta máximo.
A medida foi tomada, segundo o presidente, como resposta a “declarações agressivas” dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos.
A decisão de Putin foi anunciada durante uma reunião com o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Valery Gerasimov.
“Os países ocidentais não estão somente adotando medidas econômicas hostis contra nosso país, mas funcionários importantes dos principais países da Otan estão fazendo declarações agressivas contra nosso país. Por isso, ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe do Estado-Maior que ponham as forças de dissuasão do Exército russo em um estágio especial de preparo para combate”, disse Putin em um comunicado citado pela agência Tass.
Não ficou claro em um primeiro momento que tipo de mobilização específica o estágio de preparo ordenado por Putin implica.
O presidente russo tem feito advertências, desde o início da invasão na madrugada de quinta-feira, ameaçando países estrangeiros com “consequências que jamais viram” no caso de qualquer interferência nas ações militares de seu país na Ucrânia.
Os Estados Unidos reagiram imediatamente ao anúncio russo e a Casa Branca declarou que a ordem de Putin é parte de um padrão de fabricação de ameaças inexistentes para justificar a agressão.
Leia mais:
Guerra entre Rússia e Ucrânia pode impactar inflação e PIB no Brasil
FAB coloca aviões de prontidão para retirada de brasileiros da Ucrânia
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia e como afeta o Brasil