O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, esteve na praia de Muro Alto, em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco, onde chegou a entrar na água e a molhar os pés, na manhã desta sexta-feira (25). Conforme mostra a reportagem do G1, o ministro estava usando uma camisa com o nome “Porto de Galinhas”, e afirmou que “as praias do Nordeste estão aptas aos banhos dos turistas”.
Ao todo, dez cidades pernambucanas tiveram praias manchadas pelo óleo no período entre 17 de outubro e esta sexta-feira (25): São José da Coroa Grande, Barreiros, Tamandaré, Sirinhaém, Rio Formoso, Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Itamaracá. Até quinta (24), 1.358 toneladas de resíduos foram recolhidas do litoral do estado, segundo balanço do governo.
Antes de falar com jornalistas, Marcelo Álvaro sobrevoou o litoral pernambucano e contou não ter visto manchas de óleo no mar ou nas praias.
“A região aqui está completamente apta à frequentação de turistas, por isso é importante o Brasil saber disso. Não só Pernambuco, mas os estados do Nordeste que foram atingidos tiveram uma ação por parte do Plano Nacional de Contingência, onde o ministro do Meio Ambiente liderou esse processo de forma muito eficiente”, disse.
Na quinta-feira (24), amostras de água de praias pernambucanas atingidas pelo óleo, inclusive Muro Alto, foram coletadas pelo governo estadual para verificar se existem hidrocarbonetos, compostos orgânicos presentes no petróleo e que, em grandes concentrações, podem causar danos à saúde.
A previsão é que os resultados sejam divulgados em novembro. Enquanto isso, a recomendação de pesquisadores é que, nos locais onde a praia já foi limpa, o banho de mar está liberado, mas, nos locais onde ainda existe óleo, as pessoas devem evitar o banho do mar.
O ministro também mencionou que há R$ 200 milhões, através do Fundo Geral do Turismo (Fungetur), disponíveis para pequenos e médios empreendedores do setor de turismo, de cidades ou estados afetados pelo óleo.
“São linhas de crédito muito atrativas no ponto de vista de prazos e também do custo do crédito, carências. Se algum pequeno ou médio empreendedor aqui vier [a ter] a necessidade de capital de giro, de reformas, de investimentos, então o Ministério do Turismo disponibiliza para os estados e também as cidades impactadas pelo óleo vindo do mar”, afirmou.
Segundo o titular do ministério do Turismo, estão sendo preparadas peças publicitárias para promover os destinos turísticos no litoral. “É preciso separar aquilo que é mito daquilo que é realidade. E a realidade são praias limpas, são banhistas frequentando naturalmente o mar, é isso que a gente tem visto aqui. Praias cheias. É isso que a gente precisa mostrar para o Brasil e para o mundo”, declarou.
Questionado sobre as críticas de comerciantes e voluntários sobre a demora nas ações do governo federal para recolher o óleo das praias do Nordeste, Marcelo Álvaro Antônio disse que as ações têm sido feitas desde o início de setembro.
“Acredito que o governo agiu, sim, dentro do prazo correto, com uma agilidade muito grande. Tanto que, dos nove estados atingidos, a grande maioria já estão aptos (sic) a receber os turistas e também os banhistas nas praias”, disse.