O filho de um funcionário da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) de apenas 3 meses e 16 dias de nascimento faleceu neste dia 17, em Manaus. É o primeiro caso de morte de coronavírus (covid) no estado registrado nessa faixa etária.
Conforme seus pais, a criança estava internada em leito de UTI de unidade pública da capital desde o começo do mês. Contudo, a contaminação aconteceu ainda em janeiro, quando começou o tratamento do bebê fora de UTI devido à dificuldade da família em conseguir vaga nesse tipo de leito.
Foi só quando já estava sendo juntado o recurso, via vaquinha virtual, para internação em hospital particular que apareceu o leito na rede pública.
Hoje a rede hospitalar de Manaus, único dos 62 municípios do Amazonas que possui UTI, tem dez crianças nesses leitos. Outras sete ocupam leitos clínicos na capital e cinco no interior. As informações são da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS).
Trata-se de um cenário diferente do primeiro pico da epidemia no Amazonas, em abril e maio, quando o público infantil não sofreu efeito relevante da doença.
Sinal de alerta
Conforme relatos médicos, o coronavírus geralmente se manifesta nas crianças de modo assintomático ou com sintomas leves. E ainda assim, em baixos níveis de contaminação.
Mas, apontam que o aumento de contaminações no país, o surgimento de variantes da covid e o colapso dos sistemas de saúde são alertas para maior atenção com crianças e adolescentes.
No caso de Manaus, além da falta de leitos de UTI, a população é atingida pela crise do oxigênio para os pacientes de coronavírus e das maternidades e unidades pediátricas.
De acordo com o Ministério da Saúde, em todo o ano de 2020, foram registradas no país 39 mortes de crianças e adolescentes. De 577 casos de contaminações, mais de 60% foram parar em UTI.
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