O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) anunciou restrições ao uso de agrotóxicos à base de tiametoxam em culturas agrícolas no Brasil. A decisão, publicada no Diário Oficial, visa mitigar os impactos do inseticida nas abelhas e outros polinizadores, proibindo sua aplicação por tratores ou aviões agrícolas.
A medida veta a pulverização aérea e terrestre não dirigida ao solo ou plantas, além de restringir o uso em várias culturas devido à falta de informações técnico-científicas sobre possíveis riscos ambientais. O tiametoxam será retirado de 10 culturas, incluindo batata, berinjela, cebola e eucalipto, enquanto continuará permitido com restrições em outras 25, como cevada, milho, soja e trigo.
Os rótulos de produtos com tiametoxam deverão incluir avisos de toxicidade para abelhas, juntamente com as novas restrições. O não cumprimento da decisão constitui crime ambiental. A substância, um neonicotinoide, é conhecida por impactar negativamente as abelhas, afetando seu sistema nervoso e levando à desorientação e morte.
A reavaliação ambiental realizada pelo Ibama seguiu uma Avaliação de Risco Ambiental (ARA) para polinizadores, com base em estudos científicos, posições internacionais e contribuições da sociedade. A medida segue a restrição anterior do fipronil, evidenciando a preocupação crescente com a proteção das abelhas no cenário agrícola.
Com informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)*