O governo Bolsonaro, que não consegue parar a sanha por lucro da Petrobrás, concede hoje (10) um novo aumento no preço de gasolina, diesel e gás de cozinha. Novos valores para as distribuidoras valem a partir de amanhã.
Não chegou a dois meses o último reajuste de preços, portanto. E agora o aumento é significativo, com o preço de gasolina para as distribuidoras passando de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro.De acordo com a Petrobrás, o preço médio do diesel para as distribuidoras sobe de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro.
Gás da comida
Para o GLP [gás liquefeito de petróleo], o preço médio de venda às distribuidoras passa de R$ 3,86 a R$ 4,48 por quilo. Dessa forma, a botija de 13 kg sai a R$ 58,21.
E olha que o governo e sua empresa estatal ainda posam de bonzinhos. Afirmam, por exemplo, que não está repassando ao consumidor a disparada dos preços do petróleo como decorrência da invasão russa à Ucrânia.
Votação de projetos
A pedido do governo Bolsonaro, o Senado deixou para hoje (10) a votação de dois projetos de lei. Conforme propõem, é tentativa de frear a alta dos preços dos combustíveis no mercado brasileiro.
Assim sendo, essa será a terceira tentativa de votação. Os adiamentos, conforme o Senado, foram por causa das dificuldades na negociação com o governo.
O relator de ambas as propostas é o senador Jean Paul Prates (PT-RN), que já entregou várias versões de seus relatórios.
Diante da escalada do preço do barril de petróleo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o relator destacam urgência na aprovação das medidas.
Pacheco, portanto, considera urgente a votação das propostas. Contudo, concordou com o seu adiamento para buscar um texto consensual.
“O que é importante nós termos em mente é que uma situação que já estava muito ruim se agravou consideravelmente com a guerra na Europa e a elevação do preço do barril do petróleo. E nós precisamos dar essas respostas legislativas, não para resolver todo o problema, porque o problema é muito maior do que uma mera iniciativa legislativa, mas são iniciativas que nós não podemos deixar de tomar e de avaliar no Senado”.
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