Para alguns, uma sexta-feira comum, para outros, dia de muita superstição. O fato é que hoje temos a 1ª sexta-feira 13 do ano. Mas de onde surgiu a ideia de que coisas ruins acontecem nesta data?
Conhecida popularmente por ser um dia de azar, o simbolismo existe por conta da numerologia já que o 13 é considerado um número de má sorte.
Como muitas superstições que evoluíram ao longo do tempo e através das culturas, é difícil localizar as origens precisas de sexta-feira 13.
Existem algumas explicações acerca do tema e selecionamos algumas das histórias mais conhecidas. Há quem dica que a superstição da sexta-feira 13, existe porque a crucificação de Jesus Cristo aconteceu em uma sexta, que ficou conhecida como dia de penitência e abstinência. Alguns religiosos inclusive, desaconselham começar qualquer atividade importante nesse dia da semana.
Outro ponto difundido com relação ao tema, é que por volta de 1690, passou a circular, não se sabe o motivo, uma lenda de que ter 13 pessoas reunidas em um grupo ou em torno de uma mesa dava azar. A história aumentou ainda mais a força da sexta-feira 13.
A explicação religiosa se fundiu a explicação cotidiana e unidos deram mais credibilidade ao dia 13 do calendário que cai em uma sexta-feira.
Há também uma explicação menos histórica e sim de história, literalmente.
Em 1907, um livro chamado Sexta-feira 13 foi publicado pelo corretor de ações Thomas Lawson – essa foi a inspiração para a mitologia em torno da data, culminando na franquia de filmes homônima nos anos 1980.
O livro conta a história sombria de um corretor de Wall Street que manipula o valor de ações para se vingar de seus inimigos, deixando-os na miséria.
Clube dos Treze
O Clube dos Treze, trata-se de um grupo de homens determinados a desafiar superstições. Eles se reuniram pela primeira vez em 13 de setembro de 1881 (uma quarta-feira). Os encontros aconteciam regularmente todo dia 13 de cada mês. O grupo quebrava espelhos, derrubavam saleiros, passavam debaixo de uma escada e muitos mais.
E por mais que pareça uma brincadeira despretensiosa, relatório anuais eram feitos e apontavam meticulosamente quantos de seus membros tinham morrido, e quantas destas mortes haviam ocorrido dentro do prazo de um ano após um membro comparecer a um de seus jantares.
Em abril de 1882, o clube adotou uma resolução lastimando o fato de que a sexta-feira era “há muitos séculos considerado um dia de azar… sem motivos razoáveis”
O clube se orgulhava de ter colocado a superstição no foco das atenções. Sua fama cresceu: o grupo original de 13 membros passou a contar com centenas de pessoas na virada do século, e clubes parecidos foram fundados em outras cidades em todo o país.
Em 1894, foi criado o Clube dos Treze de Londres seguindo o legado do original nova-iorquinos.
A doutrina do Clube dos Treze era de que “superstições deveriam ser combatidas e eliminadas”.
Mas tudo indica que, em vez disso, eles tiveram o grande azar de acabar lançando uma das superstições mais conhecidas e persistentes do mundo ocidental.
Curiosidades
- Embora possa parecer um fenômeno raro, o dia 13 de qualquer mês tem uma probabilidade ligeiramente maior de cair em uma sexta-feira.
- Existe um nome para descrever o pavor irracional da data: paraskevidekatriafobia – uma forma especializada de triskaidekafobia, um medo do número 13
- Não é, porém, uma superstição universal: na Grécia e nos países de língua espanhola, é a terça-feira, 13, que é considerado um dia de azar, enquanto na Itália, é sexta-feira, 17, que se depara com o medo.
O azar e os gatos
Os gatos pretos são vistos com muito preconceito desde a Idade Média, quando começaram a ser domesticados. No período, acreditava-se que eles fossem bruxas transformadas em animais, e os julgamentos e mortes dessas mulheres se tornaram comuns.
As pessoas acreditavam que elas podiam se transformar em gatos, nove vezes na verdade, o que deu origem ao ditado de que os gatos têm nove vidas, na Europa e Estados Unidos. No Brasil, falamos em sete vidas. Também se pensava que o gato espiaria alguém e contaria a uma bruxa os segredos dessa pessoa. O medo e o ódio pelos gatos fizeram com que muitos fossem capturados e mortos.
Ainda hoje, em datas como sexta-feira 13 ou Halloween, as agressões contra gatos pretos aumentam. Inclusive, muitas ONGs não realizam doações de gatos próximo à essas datas.
Crime
A deputada estadual Joana Darc (União Brasil) é uma das principais aliadas dos animais no estado do Amazonas. Fundadora da ONG PATA, a deputada atribui o “azar da sexta-feira 13” e consequentemente sua ligação com os gatos da cor preta, a uma mentalidade antiga e de pessoas atrasadas: “Este é um preconceito totalmente infundado e que infelizmente, muitos mantêm esta superstição até os dias de hoje. Inclusive, o que é mais repudiante é que muitos aproveitam esse período para maltratá-los”, explica.
Ao contrário do que a crendice prega, Joana garante que os gatos pretos são amáveis, carinhosos, companheiros e super independentes: “não é a cor que limita ou condiciona qualquer tipo de sorte, ou falta dela, mas sim, a falta de bom-senso e amor”.
Gato preto NÃO dá azar, ele dá AMOR!
Atenção!
Vale lembrar que maus-tratos contra os animais é crime com a possibilidade de detenção, além de multa. O artigo 32 da Lei Federal 9605/98 (Lei dos Crimes Ambientais) prevê pena de três meses a um ano de detenção para quem praticar atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais.
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