segunda-feira, dezembro 2, 2024
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    Documentário ‘O Rio Negro São As Pessoas’ tem estreia gratuita no Teatro Amazonas

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    Filmado em 2018, o documentário “O Rio Negro São As Pessoas” estreia no Teatro Amazonas neste sábado, 1 de junho, às 20h, com entrada gratuita.

    Dirigido por João Tezza Neto e Juliana Barros, o filme retrata a vida em cidades ribeirinhas de maneira sensível e possibilita a aproximação do público nacional ao cotidiano que se leva nas comunidades amazônicas que estão afastadas dos centros urbanos e conectadas com a floresta.

    Além da exibição seguida de debate com a equipe, a programação também conta com o lançamento do livro fotográfico “O Rio, As Pessoas, O Filme” do fotógrafo Maringas Maciel e da fotógrafa Bárbara Umbra.

    O filme foi gravado em um recorte geográfico abrangendo a região do baixo rio Negro, no entorno do arquipélago de Anavilhanas. O livro e o documentário são resultados de uma coprodução entre Ave Lola Espaço de Criação (PR) e Árvore Alta (AM).

    Em entrevista ao Portal Projeta, um dos diretores do filme, João Tezza Neto, falou sobre as motivações para a concepção da obra.

    Projeta: Qual foi o ponto de inspiração em que surgiu o filme?

    Tezza: Uma mistura de admiração pelas pessoas das comunidades com a relevância e a beleza do lugar, essas duas coisas combinadas foram as principais inquietudes. Aprendi a admirar a visão da população ribeirinha diante da vida, suas dificuldades em relação à dinâmica moderna do mundo e a importância que eles tem pra manutenção de um lugar belíssimo como é a região da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro e Arquipélago de Anavilhanas.
    Projeta: Durante o processo de produção, o que você identificou de mais peculiar?
    Tezza: O filme vai se construindo com os personagens, apesar de termos um roteiro e ele ser muito importante, você percebe ao final que ele é o fio condutor: em certo momento você navega nesse fio condutor deixando o filme se revelar nos personagens e sua força.
    Projeta:  Qual o intuito em comunicar para a população alheia à realidade amazônica?
    Pra mim faz sentido que eles se vejam no documentário. Registrar as comunidades e esses personagens de modo que eles mesmos possam refletir sobre suas realidades. Por outro lado, que o Brasil tenha oportunidade de assistir de maneira genuína essas populações, de um modo próximo da realidade deles e que possam aprender uma sobre as outras, valorizar essas pessoas. É um papel social relevante porque é comum que as comunidades não recebam esse reconhecimento.

     

    Programação

    Após o lançamento em Manaus, a programação de estreia segue para a cidade de Novo Airão, comunidades Renascer e Tumbira. No dia 11 de junho, a estreia acontece na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, às 19h e no dia 18, em Curitiba, às 19h30, na Cinemateca.

    Sobre o projeto

    Conhecer a Amazônia brasileira e as pessoas que nela habitam é uma forma de compreender a pluralidade cultural existente neste país de dimensões continentais e realidades tão distintas. Por esse motivo, este projeto nasceu com o intuito de registrar de uma forma sensível as pessoas que vivem às margens do Rio Negro, um cotidiano que tanto se mistura aos mitos amazônicos quanto se distancia do imaginário comum dos que estão mais afastados da Floresta.

    O Projeto “O Rio Negro São As Pessoas”, filme e livro, foi financiado pela Lei de Incentivo à Cultura e é uma realização da Ave Lola Espaço de Criação e Governo Federal por meio do Ministério da Cidadania e da Secretaria Especial da Cultura. Foi coproduzido pela Árvore Alta Realizações Artísticas e tem como instituição beneficiada o Hospital Pequeno Príncipe.

    Sobre o filme

    Na região do baixo rio Negro, no entorno do Parque Nacional de Anavilhanas, o documentário O Rio Negro São As Pessoas procura revelar a dinâmica da vida ribeirinha: o que é crescer livre, nadando num rio imenso e escuro; o que é a necessidade de partir, o desejo esquecido de voltar e a escolha por ficar. São gerações que resistem em terras que foram conquistadas antes mesmo do Brasil e que, ainda hoje, o Brasil pouco conhece.

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