Nesta quinta-feira (17) é celebrado o Dia Nacional da Vacinação, com o intuito de conscientizar a população sobre a importância de se manter o cartão de vacinação em dia. A imunização ainda é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças, pois não protege apenas aqueles que recebem a vacina, mas também a comunidade como um todo. Deixar de vacinar é colocar em risco a saúde de toda uma população. O Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas, disponibilizando mais de 300 milhões de doses anuais de imunobiológicos, entre vacinas, soros e imunoglobulinas. Vale destacar que 96% das vacinas oferecidas no Sistema Único de Saúde (SUS) são produzidas no Brasil ou estão em processo de transferência.
No Brasil, também existe o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. Em 40 anos de existência, o PNI se destacou por ser um dos melhores programas de imunização do mundo e vem atuando na ampliação da prevenção, no combate ao controle e erradicação de doenças. É importante ressaltar que as vacinas não são necessárias apenas na infância. Os idosos precisam se proteger contra gripe, pneumonia e tétano, e as mulheres, em idade fértil, devem tomar vacinas contra rubéola e tétano, que, se ocorrerem enquanto elas estiverem grávidas (rubéola) ou logo após o parto (tétano), podem causar doenças graves ou até a morte de seus bebês.
Desde a criação da primeira vacina, em 1776, pelo britânico Edward Jenner, milhares de vidas foram salvas em todo o mundo. No entanto, nos últimos anos um movimento contrário a vacinas vem colocando em risco esse legado. O movimento ‘antivacina’ tem feito com que muitas pessoas deixem de se vacinar. Devido a isso, doenças consideradas controladas ou até mesmo erradicadas estão ressurgindo. O movimento antivacina ganhou asas após a publicação, em 1998, na revista científica The Lancet, de um texto que relacionava a vacina tríplice viral a casos de autismo em crianças. Por ironia, o texto foi assinado por um compatriota do criador da vacina, o também britânico Andrew Wakefield. Em 2010, descobriu-se que ele forjou os dados da pesquisa, mas o ‘estudo’ já tinha virado ‘bandeira’ contra a imunização.
A relutância de algumas pessoas em se vacinar ou vacinar seus filhos é considerada pela comunidade científica preocupante. A Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu o movimento ‘antivacina’ em seu relatório como um dos dez maiores riscos à saúde global a serem combatidos em 2019. Segundo dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), nos últimos dois anos, a meta do Brasil de ter 95% da população vacinada não foi alcançada. A cobertura vacinal contra poliomielite, por exemplo, era de 96,5% em 2012. Já em 2018, caiu quase 10%. Segundo o Ministério da Saúde, todas as vacinas destinadas a crianças menores de dois anos vêm registrando quedas desde 2011.
‘Dia D’ para imunização contra o Sarampo em Manaus
A Prefeitura de Manaus realiza no próximo sábado (19) o “Dia D” da Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo para crianças menores de cinco anos. Nesta data, 136 salas de vacina instaladas em unidades de saúde irão funcionar no horário das 8h às 17h, com a oferta também de todas as vacinas recomendadas para essa faixa etária. A mobilização do Dia “D” terá a oferta de vacinas como: Pneumocócica (pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo), Poliomielite, Rotavírus, Meningocócica (previne a doença meningocócica C), Febre Amarela, Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola), Tetra Viral; (sarampo, rubéola, caxumba e varicela/catapora) e Hepatite A. A lista das salas de vacina que irão funcionar no sábado pode ser acessada aqui.
Por Cíntia Ferreira, do Portal Projeta*
*Com informações do Blog do Ministério da Saúde