Nesse sábado (29) ocorreu a 2ª noite do 57ª Festival Folclórico de Parintins, com o Caprichoso abrindo as apresentações às 20h, seguido do Boi Garantido, às 23:15. Confira o resumo dessa noite.
Boi Caprichoso
Com o subtema “Tradições: o flamejar da resistência popular” o boi azulado trouxe uma noite exaltando a festa, o povo e histórias que compõe o boi e a história de Parintins. O apresentador, Edmundo Oram iniciou o espetáculo, com a evolução do boi Caprichoso, que surgiu dos altos no guindaste, animando a galera ao som de Málùú Dúdú.
O Caprichoso iniciou a noite com a apresentação da Figura Típica Regional, “O pescador da Amazônia”, que celebra o caboclo que vive da pesca e do manejo. Da alegoria surgiu Marcela Marialva, porta-estandarte do boi Caprichoso, evoluindo ao som de três toadas – uma diferente para cada lado do bumbódromo.
Desta mesma alegoria, surgiu a sinhazinha da fazenda, Valentina Cid para evoluir ao som das toadas: Rostinho de Anjo, Incomparável Amor e Rosto Angelical.
Vinda do alto em um módulo aéreo, a cunhã-poranga do Caprichoso, Marciele Albuquerque, veio para a sua evolução, animando a galera e transmutando-se em gavião.
A lenda amazônica “O engeramento de Chico Patuá, um herói da resistência popular” trouxe a história dos remanescentes da Cabanagem, ocorrido na região do Grão-Pará, no Período Regencial. Da lenda surgiu a rainha do folclore Cleise Simas, para evoluir na arena.
O Boi encerrou suas apresentações com o ritual indígena “Rito da Transcendência Marubo” em uma grandiosa alegoria que contou efeitos especiais de água e balé aéreo, além de efeitos impulsionados pelo guindaste – sendo o grande destaque da noite. Os módulos impressionaram ao se transformarem no o grande xamã Marubo, que em noite de escuridão foi chamado pelas águas e teve o corpo transformado em gigantesco animal nas margens do rio, para nele imergir e ressurgir como sacalca. Da alegoria, o pajé Erick Beltrão evoluiu, transmutando-se em jacaré.
Boi Garantido
Na segunda noite, o Boi Garantido trouxe a temática do segredo da ancestralidade amazônica, futuro e tradição, com a entrada do apresentador, Israel Paulain, sendo chamado pelo seu filho para iniciar oficialmente o espetáculo.
A porta-estandarte Lívia Christina foi o primeiro item feminino a evoluir ao som de “Boi é raiz”.
O grande destaque da noite foi a entrada da cunhã-poranga Isabelle Nogueira, surgindo ao fim da Lenda Amazônica das Icamiabas. A cunhã-poranga encarnou ‘Ikonori’, líder das Amazonas em sua luta contra Francisco Orellana, transmutando-se, em sua evolução, em um gavião.
O momento folclórico, “Cidade Linfoldo” trouxe a celebração do povo da Baixa do São José, onde a memória do Mestre Lindolfo Monte Verde é cultuada. Da alegoria surgiram para evolução a sinhazinha da fazenda, Valentina Coimbra e o boi-bumbá Garantido.
Seguido pela figura típica regional, “Os Vaqueiros”, homenagem a esse trabalhador e de onde surgiu a rainha do folclore, Edilene Tavares.
O Boi encerrou sua apresentação com o ritual Huni-Kuin, que mostrou a viajem do pajé por meio da Ayahuasca para encontrar os espíritos e redesenhar o mundo, tomado pelas forças do mal. Adriano Paketá, o pajé do Boi Garantido, surgiu para a sua evolução, animada a galera encarnada.
*Yanka Senna