domingo, julho 6, 2025
More
    HomePoderBrasilBrasil não tinha um Plano de Contingência para um novo coronavírus

    Brasil não tinha um Plano de Contingência para um novo coronavírus

    Publicado em

    Até dezembro de 2019, quando começou o surto do SARS-Cov-2 na região de Wuhan, na China, os principais órgãos da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, que fariam frente à doença não contavam com nenhum Plano de Contingência nacional atualizado sobre a chegada de um novo coronavírus ao Brasil.

    Segundo especialistas, um Plano de Contingência obviamente não teria capacidade de antever detalhes como a velocidade de contágio da atual pandemia e o número de vítimas, mas poderia deixar estabelecidos, por exemplo, os diferentes níveis de decisão sobre as estratégias de enfrentamento à doença. Ou indicar uma preocupação sobre a capacidade de atendimento das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) no país.

    Um documento nesse sentido também poderia ajudar a arrefecer as dúvidas que vêm sendo levantadas pelo presidente Jair Bolsonaro sobre governadores e prefeitos. A disputa sobre competências suscitada por Bolsonaro teve que ser decidida pelo STF em plena pandemia.

    A coluna protocolou, pela Lei de Acesso à Informação, em 22 de março vários pedidos iguais e todos esses órgãos declararam por escrito a inexistência do documento: o Ministério da Saúde, o Ministério da Defesa, a Secretaria Nacional de Defesa Civil Nacional e os Comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

    A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) respondeu que os planos são feitos “a nível local” para “qualquer emergência de saúde” e que cada porto, aeroporto e posto de fronteira do país possui seu próprio plano.

    Dias depois, procurado novamente por meio de sua assessoria de comunicação, o Ministério da Saúde fez uma ligeira mudança na resposta que enviou pela LAI, agora dizendo que havia um “Plano de Contingência com orientações mais gerais”, mas ao mesmo tempo reconhecendo que tal documento “não era direcionado para uma doença ou situação específica”. Ou seja, o documento não tratava de uma pandemia da família dos coronavírus.

    Antes da atual pandemia, o mundo já havia sido sacudido com o surgimento de duas epidemias mais preocupantes de coronavírus nos últimos anos, o da SARS (do inglês Síndrome Respiratória Aguda Grave), que estourou em 2002 também na China e matou 774 pessoas, sendo três no Brasil, e o da MERS (em inglês, síndrome respiratória do Oriente Médio), que apareceu em 2012 na Península Arábica, chegou a 26 países e matou 866 pacientes.

    Leia mais:
    Medicamento acelerou a recuperação de pacientes com coronavírus
    Brasil tem maior taxa de contágio por coronavírus do mundo
    Anvisa aprova a aplicação de teste rápido para coronavírus em farmácias

    *Reportagem do UOL

    Últimos Artigos

    Amazonas zera fila para prótese ocular na Codajás

    Mais de 130 pacientes foram beneficiados com o procedimento na unidade da zona Sul...

    Wilson Lima entrega benefícios sociais a famílias de Lábrea

    Governo distribui cestas básicas, kits bebê, cadeiras de rodas e crédito a empreendedoras O governador...

    Feiras no Festival de Parintins 2025 movimentam R$ 3,2 milhões

    Venda de artesanato indígena e economia solidária atrai mais de 180 mil visitantes A 5ª...

    Gêmeas siamesas do Amazonas têm alta da UTI após separação

    Yasmin e Eliza nasceram unidas pelo tórax e abdômen e passaram por procedimento de...

    Mais artigos como este

    Amazonas zera fila para prótese ocular na Codajás

    Mais de 130 pacientes foram beneficiados com o procedimento na unidade da zona Sul...

    Wilson Lima entrega benefícios sociais a famílias de Lábrea

    Governo distribui cestas básicas, kits bebê, cadeiras de rodas e crédito a empreendedoras O governador...

    Feiras no Festival de Parintins 2025 movimentam R$ 3,2 milhões

    Venda de artesanato indígena e economia solidária atrai mais de 180 mil visitantes A 5ª...