Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (3/2), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) comunicou que irá mudar as regras para uso emergencial das vacinas contra a Covid-19.
As indústrias interessadas não precisarão mais submeter suas fórmulas à terceira fase do estudo em território brasileiro para pedir o registro pela modalidade — porém, deverão se comprometer a entregar todos os dados, terminar o desenvolvimento do imunizante e a submeter o medicamento ao registro completo no futuro.
A agência terá até 30 dias para dar uma resposta a partir dos pedidos das empresas farmacêuticas. Será preciso ainda provar que os estudos pré-clínicos e clínicos (ainda que em outros países) foram conduzidos conforme diretrizes aceitas nacional e internacionalmente.
Esta é a terceira atualização que a Agência faz nas regras do uso emergencial. Também foram mudadas a redação de outros 13 itens do guia de uso emergencial, para garantir que os requisitos sejam mais claros.
A medida abre campo para que a oferta de vacinas contra a Covid-19 à população seja ampliada.
Vacina Sputnik V é 91,6% eficaz
A vacina Sputnik V, desenvolvida pelo instituto Gamaleya e fabricada no Distrito Federal, demonstrou eficácia de 91,6% contra o novo coronavírus, de acordo com estudo publicado nesta terça-feira (2/2) pela revista científica The Lancet. A proteção contra quadros moderados e graves chegou a 100%.
Cientistas ligados à The Lancet – uma das publicações mais prestigiadas do meio – avaliaram os resultados da fase 3 do estudo clínico do imunizante aplicado em duas doses, com intervalo de 21 dias. Ao todo, 19.866 voluntários participaram do estudo.
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*Reportagem Jornal Metrópoles