O estado do Amazonas registrou queda significativa nos casos e mortes por vírus respiratórios em 2025, segundo o Informe Epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), divulgado nesta segunda-feira (21/07). Os dados apontam redução de 38,4% nos casos e 29,7% nos óbitos em comparação com o mesmo período de 2024.
O boletim completo está disponível no site oficial da FVS-RCP: www.fvs.am.gov.br.
Redução de casos de SRAG associados a vírus respiratórios
Entre 1º de janeiro e 19 de julho de 2025, o Amazonas notificou 2.724 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Desses, 857 foram associados a vírus respiratórios, frente a 1.392 no mesmo período de 2024 — queda de 38,4%.
Também foram registrados 45 óbitos por vírus respiratórios, contra 64 no ano anterior. Dos óbitos deste ano:
- 20 foram causados por Covid-19
- 19 por Influenza A
- 3 por Rinovírus
- 2 por Influenza B
- 1 por Parainfluenza
Faixas etárias mais afetadas
Nas últimas três semanas (29/06 a 19/07), os grupos mais afetados foram:
- Menores de 1 ano: 57% dos casos
- Crianças de 1 a 4 anos: 20%
- Pessoas com 60 anos ou mais: 15%
Principais vírus respiratórios identificados
Amostras analisadas pelo Lacen-AM (Laboratório Central de Saúde Pública) apontam os seguintes vírus como mais prevalentes:
- Rinovírus – 52,3%
- Vírus Sincicial Respiratório (VSR) – 39,7%
- Adenovírus – 8,6%
- Coronavírus (SARS-CoV-2) – 8,2%
- Influenza A – 4,7%
- Influenza B – 0,9%
Rede de assistência do Amazonas e estratégias de controle
A secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, destacou que a integração entre vigilância e assistência tem sido fundamental para a redução de casos graves. O estado dispõe de 17 unidades de referência para SRAG, com equipes treinadas para triagem, testagem rápida, exames laboratoriais, imagem e tratamento adequado.
Entre as estratégias de sucesso está o programa Alta Oportuna, nos prontos-socorros infantis, que fornece medicamentos e orientações para tratamento em casa, ajudando a evitar reinternações e sobrecarga hospitalar.
Prevenção continua sendo essencial
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, reforça a importância das medidas preventivas contra vírus respiratórios:
- Lavar as mãos com frequência
- Praticar etiqueta respiratória (cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar)
- Evitar aglomerações
- Utilizar máscara de proteção, principalmente grupos de risco e pessoas com sintomas
- Proteger crianças menores de 6 meses de ambientes de risco
A vacinação contra Covid-19 e Influenza segue disponível em todo o Amazonas para o público elegível e é uma das principais ferramentas para reduzir a transmissão e evitar complicações graves.
*Com informações de assessoria