Tem início nesta quarta-feira (30) uma série de atividades contra a violência obstétrica no Amazonas. As ações acontecerão durante todo o mês de novembro com o objetivo de conscientizar a população sobre os atos considerados violência obstétrica e praticados rotineiramente no país, para que possa ser combatido. O primeiro ato será uma caminhada, que acontece nesta quarta-feira no Largo São Sebastião, no Centro de Manaus, a partir das 18h.
O Ministério Público Federal do Amazonas (MPF), em parceria com o Comitê Estadual de Combate à Violência Obstétrica, também promove atividades com o mesmo fim. A programação tem início no dia 4 e se estende até o dia 28 de novembro, em parceria com diversas instituições amazonenses. Será realizado um bazar e uma roda de conversa no município de Careiro; uma audiência pública conduzida pelo MPF no Parque do Mindu; rodas de conversa em cinco Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital; rodas de conversa direcionadas a mulheres negras, indígenas e LGBTI; curso sobre violência obstétrica para delegados, ouvidores e defensores públicos; mostra de boas práticas; exposição do projeto Livro Vivo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e discussões com acadêmicos da saúde sobre prevenção a esse tipo de violência.
Segundo o estudo “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, realizado pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com o Serviço Social do Comércio (SESC), sofrer algum tipo de violência obstétrica é realidade para uma em cada quatro mulheres no Brasil. De acordo com a Organização Mundial de Saude (OMS), é considerada violência obstétrica atitudes como abusos verbais, restringir a presença de acompanhante, procedimentos médicos não consentidos, violação de privacidade, manobras violentas que resultam violência física, entre outros. A OMS também revela que a violência obstétrica é uma “violação dos direitos humanos fundamentais”.
A ação desta quarta-feira, intitulada “Ato por Respeito #ViolênciaObstétrica”, é uma iniciativa da deputada Joana Darc, por meio de uma lei estadual, em vigor desde julho deste ano. O evento de hoje contará com a participação do grupo de mulheres da Associação Humaniza, entidade sem fins lucrativos, que busca a promoção da autonomia da mulher, defendendo seus direitos constituídos e a efetivação dos mesmos, com destaque para o combate à violência obstétrica.
Ligue 180 e denuncie todas as formas de violência contra a mulher.
Por Cíntia Ferreira, do Portal Projeta