Nova cirurgia em Bolsonaro voltou a mobilizar a equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, nesta segunda-feira (29). O ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido a um novo procedimento cirúrgico para bloqueio do nervo frênico esquerdo, com o objetivo de conter crises persistentes de soluços que vêm interferindo em sua recuperação clínica.
A intervenção foi concluída por volta das 15h. A informação foi confirmada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que utilizou as redes sociais para comunicar o término do procedimento e o retorno do ex-presidente ao quarto. “Procedimento finalizado. Graças a Deus”, escreveu.
Segunda intervenção em menos de 48 horas
Este é o segundo bloqueio do nervo frênico realizado em um intervalo inferior a dois dias. No sábado (27), Bolsonaro já havia passado pelo mesmo procedimento no lado direito. Como os episódios de soluço reapareceram e passaram a comprometer o repouso e a estabilidade clínica do paciente, os médicos optaram por intervir também no lado esquerdo.
De acordo com a equipe médica, as crises eram persistentes e poderiam gerar impactos negativos no processo de recuperação, especialmente por elevar a pressão intra-abdominal e causar desconforto respiratório.
Contexto clínico da cirurgia de Bolsonaro
Jair Bolsonaro está internado desde o dia 24 de dezembro. No dia seguinte, Natal (25), foi submetido a uma cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral e retirada de aderências intestinais. As condições são consequência do atentado sofrido em 2018 e das múltiplas cirurgias abdominais realizadas desde então.
Segundo o corpo clínico, chefiado pelos médicos Brasil Caiado e Mateus Saldanha, os soluços não têm relação direta com a hérnia operada, mas decorrem de alterações gastrointestinais. A condição exige acompanhamento, pois pode comprometer a evolução pós-operatória.
O vereador Jair Renan, filho do ex-presidente, esteve no hospital e afirmou que o quadro de saúde inspira cuidados, embora seja considerado estável até o momento.
Internação ocorre com autorização do STF
A internação de Bolsonaro ocorre mediante autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente cumpre pena de 27 anos no complexo da Polícia Federal, em Brasília, após condenação relacionada às investigações sobre a trama golpista.
A previsão inicial de alta médica está mantida para o dia 31 de dezembro, condicionada à resposta do organismo ao novo bloqueio anestésico e à evolução clínica nas próximas 24 horas.


