Apesar de prometer que apresentaria provas nas últimas eleições em sua live, nesta quinta-feira(29), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que só tinha apenas ‘ fortíssimos indícios’ de fraude nas urnas eletrônicas.
“Não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas. São indícios. Um crime se desvenda com vários indícios. Vamos apresentar vários indícios aqui. Os que me acusam de não apresentar provas, eu devolvo: apresente provas de que ele (sistema eleitoral) não é fraudável”, declarou o presidente.
Os “indícios” do presidente são vídeos antigos que circularam na internet apontando fraudes que nunca foram confirmadas oficialmente. Bolsonaro afirmou que enviaria à Polícia Federal para laudo sobre as denúncias.
Um deles é uma análise matemática da apuração minuto a minuto no segundo turno de 2014 que tentar provar que a contagem foi manipulada para favorecer a reeleição Dilma Roussef (PT) contra Aécio Neves.
“Por que as curvas (da evolução dos votos) de Aécio e Dilma, Aécio começou lá em cima e Dilma lá em baixo, e elas foram se aproximando. Quando se cruzaram estabeleceu-se um padrão dali para frente. E não tem padrão em eleições. Então um dado complexo que chegou ao nosso conhecimento, nós aqui achamos que procedia a informação, e vai para a Polícia Federal, que eu espero que em poucas semanas dê um lado se procede ou não isso aí”, continuou o presidente.
Outro vídeos mostrados mostram pessoas comuns dizendo que não conseguiram votar no candidato que queriam nas urnas. Os eleitores afirmavam que digitavam o número do candidato, mas foto não correspondia.
Críticos afirmam que o presidente tenta lançar desconfiança sobre o sistema eletrônico para contestar o resultado do pleito de 2022, caso não consiga se reeleger.
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