Durante as visitas, equipes buscam mediar conflitos familiares, tendo apoio da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Idoso
O Centro Integrado de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa (CIPDI), órgão vinculado à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), está realizando visitas domiciliares e atendimento psicossocial a idosos em situação de vulnerabilidade social cadastrados pela pasta. O atendimento é feito em parceria com a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Idoso (DECCI).
As visitas acontecem semanalmente, conforme as demandas e denúncias recebidas pela DECCI. No local, psicólogos e assistentes sociais, verificam possíveis violações dos direitos dos idosos.
A secretária Mirtes Salles, titular da Sejusc, destaca que o trabalho desenvolvido pelo CIPDI é de suma importância, em especial no período de pandemia.
“O trabalho da equipe do CIPDI é fundamental porque nós tivemos uma alta no número de casos de violência contra os idosos, como a violência financeira, na qual pessoas acabam se valendo da condição frágil dos idosos e os deixando sem as suas necessidades básicas. É preciso preservar os direitos desse público, então, a partir das nossas visitas, conseguimos identificar esses crimes e encaminhá-los para as delegacias”, disse a gestora.
De acordo com a secretária executiva adjunta de Direitos da Pessoa Idosa, Franciane Alves, durante as visitas, as equipes buscam mediar os conflitos familiares, pois muitas pessoas não conseguem lidar com o envelhecimento de seus entes.
“Muitas vezes, nem é necessário criminalizar essas pessoas. As famílias não estão preparadas para lidar com esse processo de envelhecimento tanto físico, quanto psicológico”, afirmou.
Atendimentos – Segundo a psicóloga do CIPDI, Thaline Lima, o papel da equipe psicossocial se torna fundamental em acolher, avaliar, verificar a veracidade da denúncia e orientar a família ou responsável a tomar os cuidados necessários.
“É nossa prioridade promover esse envelhecimento ativo e saudável. A nossa expectativa em chegar na visita e conhecer esse idoso, é garantir que ele não será vítima de violência, realizando o que preconiza o Estatuto do Idoso, no qual a gente se baseia”, disse.
Além disso, a psicóloga explicou que, em situações em que haja a confirmação da denúncia, a tratativa é acompanhar o idoso, para que possa ser tratado por outro parente, caso o agressor seja o seu responsável.
Denúncias – De acordo com Andrea Nascimento, delegada titular da DECCI, as denúncias podem ser feitas por meio dos canais de denúncias 181 e disque 100 ou pelos formulários que são preenchidos na própria delegacia, na rua do Comércio, 270, Parque Dez, zona centro-sul de Manaus.
“À delegacia cabe a verificação da procedência da denúncia. Se procedente, pode ser realizada uma prisão em flagrante do autor ou então serem encaminhadas as partes para a delegacia, instaurando-se os procedimentos criminais cabíveis”, completou.
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