Sem o auxílio emergencial e com uma inflação desigual, que pesa mais no bolso de quem ganha menos, a pobreza vai superar os níveis de 2019 já no começo deste ano.
Somente o corte do benefício à metade em setembro, quando passou de R$ 600 para R$ 300, e a inflação, que foi o dobro para as faixas de renda mais baixa, jogaram 11,6 milhões na pobreza desde agosto, de acordo com cálculo do economista e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) Daniel Duque, obtidos com exclusividade pelo GLOBO.
A ajuda emergencial, principal responsável por manter a renda das famílias no ano da pandemia e reduzir a pobreza, terminou oficialmente na quinta-feira, e o governo ainda não anunciou como pretende atender à esse contingente de 65 milhões de pessoas que vinham recebendo o auxílio.
Leia mais:
Covid: 2 milhões de doses da vacina, custará 75 milhões para o AM
Reunião de emergência recomenda lockdown ao Amazonas
Órgãos de controle recomendam ao Governo fechamento do comércio