Muito tem se falado sobre a saúde emocional e psicológica em meio a pandemia do novo coronavírus. Recentemente a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou um dado preocupante: um terço da população pode vir a sofrer alguma manifestação de transtornos psicológicos neste período, se não tiverem acesso a cuidados específicos.
A informação foi divulgada pela Fiocruz na cartilha Saúde Mental e Atenção Psicossocial na Pandemia Covid-19. O levantamento ressalta que estados de alerta, preocupação, confusão e sensação de falta de controle são reações normais em uma situação tão atípica. O momento exige acolhimento de novos temores, readequação de planos, novas formas de viver a coletividade e esforços diferenciados para manutenção de laços de afeto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), inclusive, já divulgou um guia com cuidados para saúde mental durante pandemia, como enfrentar consequências psicológicas e mentais do novo coronavírus. Segundo a organização, a doença tem gerado estresse na população afetada pelo risco de contaminação, incerteza, isolamento social e desemprego entre outros motivos. O guia divulgado pela OMS contempla profissionais de saúde, crianças e idosos, líderes de equipes e pessoas em quarentena.
A Agência Senado também divulgou na semana passada que a palavra mais procurada no Google durante a pandemia foi “insônia” e que tem aumentado a procura por medicamentos para transtornos do sono em farmácias e drogarias do país.
Os especialistas sugerem adotar uma espécie de dieta de notícias para aliviar os sintomas psicológicos. “Não fique constantemente com a televisão ligada ou com as redes sociais abertas. Defina períodos específicos de seu dia para se atualizar sobre os fatos”, indica a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association (Isma-BR) em entrevista à Veja.
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Por Cíntia Ferreira, do Portal Projeta