O prefeito de Manaus, David Almeida, exonerou os servidores Stenio Holanda Alves e Clendson Rufino Ferreira. Ambos foram vacinados contra a Covid-19 no primeiro dia da vacinação e são suspeitos de receberem imunização em grupo de risco sem serem prioridade.
O desligamento dos servidores consta no Diário Oficial Eletrônico desta quarta-feira, 17. Stenio Alves ocupava o cargo de Assessor I e Clendson Rufino, Assessor II, na Semsa (Secretaria Municipal de Saúde). Stenio e Clendson foram nomeados no dia 15 de janeiro deste ano para os cargos comissionados. A vacinação em Manaus começou dia 19 de janeiro.
Os dois foram vacinados na USF (Unidade de Saúde da Família) Santos Dumont, zona oeste, e aparecem na lista da Semsa incluídos no grupo prioritário de ‘trabalhadores de saúde’. Mas no grupo de atendimento estão classificados como ‘outros’ e na descrição de cargo/função e local onde exerce a função não há informações.
Até 2017, Clendson Ferreira era chefe do Centro de Estudos Econômico-Tributários da Sefaz-AM (Secretaria de Fazenda do Amazonas). Stenio Alves é advogado.
No site Imuniza Manaus, administrado pela Prefeitura para que a população acompanhe a vacinação na capital, a segunda dose de ambos aparece agendada para esta quinta-feira, 18, na Unip (Universidade Paulista).
Stenio chega a ser citado em decisão do dia 23 de janeiro deste ano da juíza Jaiza Fraxe, da 1ª Vara da Justiça Federal no Amazonas. Nos autos, a magistrada determina que ele e outros citados expliquem porque foram colocados na fila 1 da vacinação e os proíbe de receber a segunda dose da Coronavac.
Stenio e Clendson estão entre as 22 pessoas que o MP-AM (Ministério Público do Amazonas) pediu prisão no final de janeiro por suspeita de receberem a primeira dose da vacina contra a Covid-19 de forma irregular.
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