A economia do Reino Unido tem um custo de 1,4 bilhão de libras (US$ 1,8 bilhão) com pessoas que vão ao trabalho de ressaca ou ainda embriagadas, segundo dados de pesquisadores.
O Instituto para Estudos do Álcool (IAS, na sigla em inglês), de Londres, fez o cálculo com base em uma pesquisa com 3,4 mil trabalhadores do Reino Unido, que em média disseram ser 39% menos eficazes quando insistem em trabalhar apesar de terem bebido muito em algum momento anterior. A análise considerou o resultado juntamente com os custos médios de mão de obra para chegar ao prejuízo econômico.
O IAS disse que o governo subestima o custo econômico total do álcool, porque seus próprios dados não levam em conta o “presenteísmo” de pessoas embriagadas ou de ressaca que insistem em ir trabalhar apesar de sua condição. Incluir pessoas com ressaca no trabalho aumentaria a medida oficial do custo econômico para 8,7 bilhões de libras, disseram os pesquisadores.
“Mesmo entre aqueles que bebem em um nível menos prejudicial, trabalhar intoxicado e de ressaca pode reduzir a produtividade”, disse o analista do IAS, Aveek Bhattacharya, autor do relatório. “Essas conclusões devem encorajar o governo a revisar suas estimativas oficiais do custo do álcool para a sociedade, que agora estão lamentavelmente desatualizadas. Espero que esses resultados ajudem a mudar o debate sobre o álcool e a economia.”
Mais salário, mais ressaca
Funcionários com salários mais altos estavam no grupo de maior probabilidade de ir trabalhar de ressaca ou intoxicados, segundo a pesquisa. Cerca de 55% das pessoas que ganham mais de 60 mil libras por ano já trabalharam de ressaca ou embriagadas, em comparação com 29% dos trabalhadores que recebem menos de 10 mil libras por ano.