Demissões em massa e a suspensão de pagamentos de contratos para manutenção podem causar o fechamento de 44 portos fluviais no interior do Amazonas em um ano. A avaliação é do presidente do PR, Alfredo Nascimento, que idealizou a construções dos projetos para os municípios do estado enquanto ministro dos Transportes.
As medidas contra os portos do Amazonas foram adotadas pelo ministro Tarcísio Freitas, que está no comando do Ministério de Infraestrutura. A denúncia veio à tona na quarta-feira (20), na tribuna da Câmara Federal, pelo deputado federal Marcelo Ramos (PR).
Como consequência das decisões, a operação de embarque e desembarque já foi desativada em sete portos. Alfredo Nascimento classificou o ato com “irresponsável”. “Foi um discurso contundente, duro, preciso, revelando ao país a situação caótica da estrutura portuária do nosso estado”, disse ele sobre a denúncia do colega de partido.
A construção dos 44 portos foi um projeto idealizado e implementado pelo político quando foi ministro dos Transportes, nos governos de Lula e Dilma Rousseff. Segundo ele, foram investidos mais de R$ 1 bilhão na construção das estruturas, que atendem diversos municípios amazonenses.
“E se o Governo não reverter as medidas, todos os 44 portos do Amazonas estarão fechados ainda neste ano (…) Esse desmanche coloca em risco todo esse patrimônio e prejudica diretamente os amazonenses”, advertiu Alfredo.
Uma ação junto ao Ministério Público foi anunciada para responsabilizar criminalmente o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, bem como o diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Antônio Leite, e da diretora de infraestrutura Aquaviária, Karoline Lemos.