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    MEC recua e anula suspensão de cotas na pós-graduação adotada por Weintraub

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    O Ministério da Educação tornou sem efeito a revogação da portaria que estipula a reserva de vagas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em programas de pós-graduação de instituições federais de ensino superior. A extinção havia sido determinada pelo então ministro da Educação, Abraham Weintraub, na última quinta-feira, 18.

    Uma nova portaria, publicada no DOU (Diário Oficial da União) desta terça-feira, 23, diz que a decisão de Weintraub, a última dele à frente da pasta antes de ser demitido, não tem mais validade já a partir desta terça. O texto é assinado pelo ministro interino, Antonio Paulo Vogel de Medeiros.

    A ação de Weintraub havia sido contestada no STF (Supremo Tribunal Federal) por partidos da oposição, que alegavam “flagrante retrocesso na garantia de direitos fundamentais”. Na sexta-feira, 19, o ministro Gilmar Mendes, relator do caso, havia dado um prazo de 48 horas para a Advocacia-Geral da União se manifestar sobre o assunto.

    Organizações ligadas ao movimento negro também haviam protocolado um mandado de segurança pedindo a suspensão da revogação no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

    Em vigor desde maio de 2016, a portaria original foi editada ainda no governo Dilma Rousseff (PT) e previa que as universidade federais criassem sistemas de reserva de vagas para esses públicos em mestrados e doutorados.

    Apesar de obrigar universidades a criarem comissões para inclusão de negros, indígenas e pessoas com deficiência na pós-graduação, a portaria não determina percentuais de reserva nem prevê sanções à universidade em caso de descumprimento.

    Nos bastidores do MEC, a revogação da medida era tratada como uma missão que Weintraub queria cumprir antes de deixar o o cargo, como um fato simbólico. Na reunião ministerial do dia 22 de abril, além de defender prisão de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), ele disse odiar o termo ‘povos indígenas’.

    Em entrevistas, o ex-ministro se dizia favorável às cotas de caráter social, mas afirmava não concordar com reserva de vagas com critério racial. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem histórico de minimizar o racismo no país e sempre foi crítico da lei de cotas.

    Leia mais:
    Secretaria de Educação do Amazonas faz pesquisa sobre volta às aulas
    Ao lado de Bolsonaro, ministro Weintraub anuncia saída do cargo

    Com informações da Folha Pressa e do Portal Amazonas Atual*

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