Entre as vítimas, havia uma mulher e uma criança de 9 anos. As outras quatro vítimas eram homens adultos: um deles, uma liderança na comunidade de Surucucu e outros três, jovens que viviam na região.
Mais seis indígenas ianomâmis morreram nesta sexta-feira (27/1) na comunidade de Surucucu, em Roraima, a 270 quilômetros de Boa Vista. A informação foi confirmada por Júnior Hekurari, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena.
Entre as vítimas, havia uma mulher e uma criança de 9 anos. As outras quatro vítimas eram homens adultos: um deles, uma liderança na comunidade de Surucucu e outros três, jovens que viviam na região.
A mulher, mãe de duas crianças, tinha desnutrição grave e estava internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista. Os filhos dela estão internados no hospital infantil do estado, também em tratamento por desnutrição grave.
Segundo Júnior Hekurari, as mortes foram causadas por malária e desnutrição. Os corpos dos homens e da criança não foram resgatados na sexta-feira por estarem em um local de difícil acesso e próximo à região de garimpo ilegal.
O Hospital da Criança em Boa Vista, tem, até o momento, 53 crianças ianomâmis internadas. No total, há 64 pacientes internados e sete deles em UTIs.
A Casai (Casa de Saúde Indígena) tem 700 indígenas esperando atendimento.
As principais causas de internação dos ianomâmis são:
diarreia e doença gastrointestinal aguda;
desnutrição grave;
pneumonia;
malária;
acidentes com cobras.
O governo federal decretou estado de emergência no território Ianomâmi . Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, 570 crianças desse povo morreram em decorrência da contaminação por mercúrio e fome, causadas pelo “impacto do garimpo ilegal na região”, nos últimos quatro anos.
O presidente Lula (PT) esteve no último fim de semana na região e descreveu a condição deles como “desumana”.
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