Presidente critica ‘aberrações’ nas plataformas e destaca a necessidade de decisão imediata
O presidente Lula (PT) defendeu a regulação “urgente” das redes sociais no Brasil. “Não é possível essas empresas continuarem ganhando dinheiro disseminando mentiras e inverdades”, afirmou o presidente em entrevista à Record TV.
Lucro com a disseminação do ódio
Lula destacou que as grandes empresas de tecnologia lucram com a disseminação do ódio nas redes sociais e ressaltou a necessidade de regulação imediata. Segundo o presidente, essas empresas não pagam impostos no Brasil e ganham bilhões com publicidade. Ele pretende discutir a questão com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e com o Congresso Nacional.
Discussão internacional
O debate sobre a regulamentação das redes sociais já está em curso no Congresso há anos, mas enfrenta resistência de empresas e alguns parlamentares. Lula quer levar o tema a fóruns internacionais, como as Nações Unidas, o G7 e o G20, para encontrar uma solução coletiva. “O mundo está em risco com a disseminação desses conteúdos”, afirmou o presidente.
Discussão sobre ‘big techs’ no Congresso
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, criou um grupo de trabalho para formular uma nova proposta para o projeto de lei conhecido como ‘PL das Fake News’. A medida foi oficializada no mês passado, motivada pelo constante embate entre Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. O grupo de trabalho, composto por 20 integrantes, terá 90 dias para concluir seus trabalhos, com possibilidade de prorrogação pelo mesmo período.
Lula reforçou a urgência da regulação e destacou a necessidade de discutir o tema com o Congresso. Ele reafirmou seu apoio ao ‘PL das Fake News’ e disse que vai se empenhar para retomar o debate. “O dado concreto é que a gente não pode perder de vista a necessidade de fazer uma regulação”, disse o presidente.
Críticas às big techs
Lula criticou o comportamento das big techs, acusando-as de favorecer a mentira e a discórdia entre as pessoas. “Essas empresas estão ganhando dinheiro com a desgraça dos outros. Eu sou favorável à regulação”, afirmou. Ele ressaltou que o sofrimento causado pela disseminação de notícias falsas, como no caso das questões climáticas no Rio Grande do Sul, é um exemplo claro da urgência dessa regulação.