O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que ficou em segundo lugar na eleição presidencial do ano passado, disse hoje na capital paulista que a “loucura” de Adélio Bispo –autor da facada no então candidato Jair Bolsonaro (PSL)– e um “golpe na democracia brasileira” levaram à vitória do atual presidente na disputa pelo Palácio do Planalto.
Haddad participou ontem (13), de um ato na avenida Paulista, região central de São Paulo, em defesa da libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em um discurso de cerca de dez minutos, ele definiu o “golpe” como um acontecimento em três atos: o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a cassação da candidatura de Lula em 2018 e o uso do WhatsApp para a disseminação de informações falsas.
“Sem essas três ações, nós não teríamos o Bolsonaro no poder. Porque só a loucura do Adélio para levar o Bolsonaro para o poder de um país tão importante quanto o Brasil. Um homenzinho que nos envergonha todo dia no exterior. Todo dia ele comete uma indiscrição, ele quebra o protocolo e envergonha essa nação na presença dos maiores líderes do mundo”, disse Haddad.
O ex-ministro da Educação nos governos do PT também criticou o recente elogio feito pelo vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) às capitanias hereditárias, classificadas como exemplo de “empreendedorismo”.
“Essa é a cabeça deles, eles são escravocratas. Tudo para eles tem que ser hereditário”, afirmou Haddad.
Com informações de Uol*