A bactéria Clostridium botulinum foi a responsável pela morte de mais de 20 cavalos em Manaus e em Presidente Figueiredo nos primeiros dias de janeiro de 2025, diz laudo da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf). De acordo com o órgão, os cavalos ingeriram feno contaminado pela bactéria que causa o botulismo.
Morte de cavalos em Manaus
Na época, foram registrados oficialmente 22 casos de morte de cavalos na região metropolitana de Manaus, sendo 12 no Haras da Universidade Nilton Lins, 8 em uma chácara no bairro Tarumã — zona Oeste de Manaus — e 2 no município de Presidente Figueiredo.
Inicialmente, 3 cavalos do Haras da Nilton Lins morreram subitamente, o que levou a equipe veterinária do local a se mobilizar. Os outros animais do local que também apresentaram sintomas foram isolados e receberam tratamento com soro. Mesmo assim, pelo menos outros 9 cavalos morreram na Universidade em poucos dias.

De acordo com o informe da Adaf, foram analisados outros casos de morte de animais que consumiram o mesmo alimento, e casos de animais que ingeriram o feno contaminado, mas sobreviveram. O número exato não foi divulgado.
Botulismo em equinos
O botulismo, doença que levou os animais à morte, é uma doença neurológica grave causada pela toxina botulínica, produzida pela bactéria Clostridium botulinum. A doença é mais comumente transmitida pela ingestão de água ou alimentos infectados, mas também pode ser adquirida por insetos como moscas e besouros.
No caso dos cavalos mortos em manaus, a ingestão da toxina se deu por meio do feno produzido no Haras da Universidade Nilton Lins, que é usado para alimentar os animais do local e vendido para outros criadores locais.
A contaminação de alimento pode acontecer quando não há o armazenamento adequado, ou quando o feno foi cultivado em solo previamente contaminado com a bactéria.
Alguns dos sintomas que cavalos contaminados pelo botulismo podem apresentar incluem: fraqueza muscular, tremores, paralisia, perda de apetite, dificuldade para respirar e engolir, entre outros.
A taxa de mortalidade varia entre 40% e 65%, dependendo da gravidade da contaminação e da rapidez do tratamento.