O fazendeiro Agenor Bruce Tupinambá, de 23 anos, foi convidado para se pronunciar sobre a multa de R$ 17 mil aplicada pelo Ibama por “maus-tratos, abuso e exploração da imagem de animais silvestres”. O animal em questão trata-se da capivara Filó, que ficou ainda mais conhecido nas redes sociais após o caso vir à público.
O que chamou atenção, foi que antes do pronunciamento, os deputados deixaram o plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas. Como resultado, Agenor fez seu discurso para um plenário vazio, com apenas os convidados da deputada Joana Darc, autora do convite, presentes na galeria.
Antes disso, em uma sessão de homenagem a pessoas autistas, 21 parlamentares estavam presentes, como mostra a imagem abaixo, mas apenas Joana Darc (União Brasil), Alessandra Campelo (PSC) e Cristiano Dângelo (MDB) estavam presentes para a declaração do fazendeiro. O pronunciamento estava previsto para o dia 20 de abril, mas foi adiada por um bate-boca entre Joana Darc e Wilker Barreto (Cidadania). Agenor também recebeu uma notícia falsa sobre uma vistoria do Ibama em sua casa, o que o fez retornar rapidamente para Autazes.
Durante a fala, Agenor negou que estivesse ganhando dinheiro com a situação e disse que estava sendo perseguido. Ele afirmou que mora em um flutuante em cima d’água e que sua cultura e sua vivência são ligadas à cultura amazônica. Ele também ressaltou que nunca ganhou dinheiro em cima dos animais e que os animais que moram com ele na fazenda são livres para vir e ir a hora que quiserem.
Acusação do Ibama
Agenor é acusado pelo Ibama de ser o responsável pela morte de uma preguiça, mas Joana Darc defendeu o fazendeiro, dizendo que ele tentou salvar a preguiça. A mãe de Agenor, Cláudia, também se pronunciou e afirmou que o filho é autista e sempre viveu em meio aos animais. Ela pediu respeito à vida e cultura deles. Segundo Cláudia, os animais são livres e nunca foram domesticados.
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