Em entrevista coletiva no final da manhã desta segunda-feira (8), o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou o pagamento antecipado da primeira parcela do 13º salário dos servidores do Estado. De acordo com o chefe do Executivo, a ideia é movimentar a economia, que foi prejudicada pela pandemia do novo coronavírus. A previsão é de que o valor esteja nas contas dos servidores nos dias 25 e 26 de junho. Serão contemplados mais de 113 mil servidores, entre ativos, aposentados e pensionistas, conforme informou o governador.
A origem dos 220 milhões que serão utilizados para o pagamento do 13º salário é de um repasse do Governo Federal, que será feito aos governos em parcelas até o final deste ano, com início previsto para o dia 9 de junho. O Amazonas deve receber algo na ordem de R$ 1 bilhão de reais. Segundo Wilson Lima, desse valor, R$ 400 milhões serão destinados às ações de combate ao novo coronavírus. Os outros R$ 600 milhões serão utilizados para custear a folha, cumprir obrigações, do Estado, custeio da máquina, segurança pública e outras despesas físicas do Governo, que ficaram comprometidas com a queda na arrecadação.
“A gente esta colocando R$ 220 milhões na economia, isso é uma injeção direta. Depois eu posso entregar pela Secretaria de Fazenda o quanto isso deve movimentar a economia do estado”, disse o governador.
Questionado pela empresa sobre a reabertura do comércio que contradiz algumas projeções de instituições do Amazonas, o governador destacou que muitos fatores foram levados em consideração para que a medida fosse tomada. “Levamos em consideração a ampliação do atendimento hospitalar, a queda no número de enterros, a questão social, a questão econômica. Eu não tenho dúvidas de que essa decisão está acertada para esse momento. As pessoas do estado do Amazonas sofreram muito com a pandemia, com a perda de familiares, e também sofreram muito com a queda da economia”, enfatizou.
O chefe do Executivo ainda comentou que é importante que as pessoas tenha consciência neste momento e evitem aglomerações. “A nossa situação ainda é difícil, a gente ainda não se livrou do vírus. A decisão [de reabrir o comércio] é responsável e coerente. Se em algum momento a gente tiver uma segunda subida ou um aumento dos casos a gente não tem dúvidas em adotar outras medidas.”, concluiu.
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Por Cíntia Ferreira, do Portal Projeta