A indústria brasileira de motocicletas produziu em agosto 98.358 unidades no PIM (Polo Industrial de Manaus), de acordo com os dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares). Houve aumento de 0,4% na comparação com julho (97.920 unidades) e retração de 14,3% em relação ao mesmo mês de 2019 (114.738 unidades).
As fábricas venderam no atacado (para as concessionárias) 96.415 motocicletas em agosto, volume 5,4% superior na comparação com julho deste ano (91.454 unidades) e 7,9% menor ante agosto do ano passado (104.649 unidades).
Esses veículos saíram rápido das lojas. Segundo levantamento do Renavan (Registro Nacional de Veículos Automotores), foram licenciadas 95.961 motocicletas em agosto, correspondendo a uma alta de 12,7% na comparação com julho (85.148 unidades). Em relação a agosto de 2019 (88.625 motocicletas), a alta foi de 8,3%.
“O volume até poderia ser maior, mas as fábricas ainda operam com restrições, pois a prioridade é preservar a saúde dos colaboradores, atendendo aos protocolos sanitários de segurança”, diz Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. “Isso, no entanto, gera desequilíbrio entre a oferta e a demanda. Ainda estamos atendendo às entregas atrasadas dos consórcios, por exemplo, que respondem por cerca de 25% das vendas de motocicletas no Brasil”.
No acumulado de janeiro a agosto foram fabricadas 588.495 motocicletas, o que representa uma retração de 20,9% na comparação com o mesmo período do ano passado (743.556 unidades).
Ainda no acumulado do ano, as vendas no atacado somaram 564.988 unidades, significando uma queda de 21,6% na comparação com o mesmo período de 2019 (720.782 motocicletas).
Categoria
As categorias Off-Road e Scooter foram as que registraram maior crescimento em termos de variação percentual. As motocicletas Off-Road registraram alta de 113,9%, passando de 287 unidades vendidas no atacado em julho para 614 unidades em agosto. As Scooters somaram 7.727 unidades repassadas das fábricas para as concessionárias, o que representou aumento de 65,7% em relação ao mês anterior (4.664 unidades).
Em números absolutos a Street se manteve como a categoria mais comercializada no atacado, com 50.662 unidades em agosto, correspondendo a um aumento de 0,5% na comparação com o mês anterior (50.393 motocicletas) e de 7,2% em relação ao mesmo mês do ano passado (47.255 unidades).
A média diária de vendas em agosto, que teve 21 dias úteis, foi de 4.570 unidades, indicando um crescimento de 23,4% em relação a julho do presente ano (3.702 unidades/dia e 23 dias úteis). Na comparação com agosto de 2019 (4.028 motocicletas/dia e 22 dias úteis) a elevação foi de 13,4%.
“Esses números comprovam o protagonismo da motocicleta no atual cenário, sendo uma alternativa segura de locomoção, além de fonte de renda para muitas pessoas que perderam o emprego ou tiveram seus ganhos reduzidos”, analisa Fermanian, que destaca, ainda, outros fatores que contribuíram para alavancar as vendas, como a contínua oferta de crédito oferecida pelos principais agentes financeiros e o menor custo de manutenção da motocicleta na comparação com os automóveis.
Com 34.215 unidades emplacadas e 35,7% do mercado, a região Sudeste liderou o ranking de emplacamentos em agosto. O Nordeste ficou em segundo lugar (31.705 motocicletas e 33% de participação), seguida pela Norte (11.577 unidades e 12,1% de participação), Centro-Oeste (9.430 unidades e 9,8% de participação) e Sul (9.034 e 9,4% de participação).
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Com informações do Portal Amazonas Atual*