Crianças a partir de 3 anos de idade começam a ser vacinadas contra a Covid-19 na próxima segunda-feira, 18/7, em Manaus. A medida, garantida pela autorização de uso da CoronaVac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para esse público, amplia a campanha municipal de vacinação, que contemplava até o momento apenas as crianças de 5 a 11 anos.
O prefeito David Almeida enfatiza que a permissão de uso da CoronaVac para crianças menores de 5 anos representa um avanço importante para a saúde pública do município.
“Estamos felizes em dar mais esse passo, ampliando a faixa etária das crianças que podem ser vacinadas e protegidas contra o coronavírus. A imunização continua a ser a principal arma na luta contra a Covid e a prefeitura, desde que as vacinas foram liberadas, trabalha sem descanso para alcançar a maior parcela possível da população”, destaca o chefe do Executivo municipal.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), crianças de 5 anos já vinham sendo vacinadas com a Pfizer pediátrica e as que têm 6 anos ou mais, tanto com a Pfizer pediátrica quanto com a CoronaVac.
O novo grupo, apto a ser vacinado é superior a 80 mil crianças. São 41.441 meninos e meninas com 3 anos de idade e 41.866 com 4 anos, conforme estimativa do IBGE.
O secretário municipal de Saúde, Djalma Coelho, informa que 37 pontos de atendimento, distribuídos em todas as zonas geográficas do perímetro urbano, irão oferecer a vacina para crianças ao longo da próxima semana, de 18/7 a 22/7, conforme lista disponível no site semsa.manaus.am.gov.br e nas redes sociais da Secretaria (@semsamanaus, no instagram, e Semsa Manaus, no facebook).
Na área rural, ribeirinha e terrestre, a imunização segue o calendário de visitas dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e das Unidades Básicas de Saúde Fluvial (UBSF) para cada localidade.
“Esperamos uma participação efetiva das famílias que têm crianças entre 3 e 5 anos de idade e também pedimos que as maiores de 5 anos que receberam a primeira e não retornaram para a segunda dose, sejam levadas aos postos de vacinação o quanto antes”, orienta o secretário.
Dados do Vacinômtero mostram que 136.581 crianças foram vacinadas com uma dose contra a Covid, no entanto, 68.105 não tomaram a segunda dose. “O esquema completo para crianças é feito com duas doses, por isso apenas uma não garante a imunização e deixa as crianças vulneráveis à infecção pelo coronavírus”, alerta Djalma.
As crianças devem ser levadas aos pontos de atendimento com a certidão de nascimento ou documento de identificação com foto; com o CPF ou o Cartão Nacional de Saúde (CNS); e com a caderneta de vacinação.
Para receber a vacina, a criança deve estar saudável e, no dia em que for vacinada contra a Covid-19, ela poderá receber outras vacinas do calendário infantil, caso haja pendências.
Atualização
A chefe da Divisão de Imunização da Semsa, enfermeira Isabel Hernandes, destaca que o intervalo de 15 dias entre a vacina contra a Covid e as demais vacinas deixou de ser recomendado, na última sexta-feira, 15, pelo Ministério da Saúde, que considerou estudos em diversos países atestando a segurança na coadministração das doses.
“Essa medida facilita a atualização da caderneta de vacinação do Sistema Único de Saúde, o SUS, porque a rede de saúde não perde a oportunidade de vacinar as crianças para as outras doenças quando elas forem à unidade básica receber a CoronaVac ou a Pfizer pediátrica”, observa Isabel.
A enfermeira também chama a atenção para o atraso nas vacinas do calendário infantil, voltado para crianças de 0 a 14 anos. Série histórica, que acompanha os percentuais de crianças vacinadas no país contra as principais doenças imunopreveníveis, mostra queda na cobertura vacinal nos últimos anos, com grave risco de retorno de doenças já controladas ou erradicadas, como o sarampo e a poliomielite.
Isabel Hernandes pede que os pais atualizem a caderneta de vacinação de seus filhos e façam o acompanhamento das idades e intervalos em que as doses devem ser aplicadas. “Precisamos resgatar a confiança nas vacinas, no nosso Programa Nacional de Imunizações, que é uma referência mundial, e superar as fakes news, que tanto têm impactado na cobertura vacinal das nossas crianças”.
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