O Conselho Federal de Medicina (CFM) ratificou nesta sexta-feira (07) que não mudará a postura em relação ao uso da cloroquina no Brasil.
Diz Mauro Ribeiro, presidente da instituição: “O CFM tem acompanhado inúmeros estudos sobre o tema conduzidos ao redor do mundo. Contudo, até o momento, entende que não há evidências fortes o suficiente, ou seja, reconhecidas por sua alta evidência científica, justificando a mudança do Parecer 04/2020, onde delega ao médico e ao paciente, em comum acordo e baseados em suas prerrogativas constitucionais, a decisão sobre qual o tratamento a ser realizado.”
A reação foi deflagrada após o depoimento do ex-ministro da Saúde Nelson Teich à CPI da Pandemia, na quinta-feira (06), no qual criticou o Conselho pela não reprovação do uso do medicamento.
“Acho uma postura inadequada, porque pode estimular o uso de um remédio que a gente não tem comprovação, em condições em que o paciente pode estar mais exposto a não ter os cuidados necessários para o uso do medicamento. Então eu sou contrário”, disse Teich.
Mauro Ribeiro ainda afirmou: “O CFM respeita a opinião do ex-ministro e terá, em momento a ser definido, a oportunidade de apresentar esclarecimentos sobre o tema.”
Leia mais:
Mandetta: Bolsonaro queria que Anvisa mudasse bula da cloroquina
Nebulização com hidroxicloroquina: o que se sabe até agora?
Distribuir cloroquina com dinheiro do SUS seria ilegal, aponta TCU
Reportagem da Veja