Nessa sexta (28) ocorreu a 1ª noite do 57ª Festival Folclórico de Parintins, com o Caprichoso abrindo as apresentações às 20h, seguido do Boi Garantido, às 23h. Confira o resumo da estreia do espetáculo em 2024.
Boi Caprichoso
O boi Caprichoso abriu a primeira noite de apresentações, enaltecendo as “Raízes: o entrelaçar de gentes e lutas”, onde celebrou o povo, ancestralidade e sabedoria do povos indígenas e caboclos.
A apresentação iniciou com o apresentador do boi, Edmundo Oran do alto de um guindaste, com o boi Caprichoso, em pontos de luz branca de led e flores em hologramas. Bailarinos desciam de rapel da alegoria.
A lenda da noite foi entoada ao som de “Dona da Noite”. No meio da cobra grande, surge a cunhã-poranga Marciele Albuquerque para a sua evolução, onde se transformou em uma serpente.
Do alto do guindaste com duas garças, surgiu a porta-estandarte Marcela Marialva, para defender seu pavilhão azul.
Na figura típica regional, “Mestres e Mestras da Cultura Popular Parintinense”, o boi prestou homenagens à Dona Siloca, Ednelza Cid, Zeca Xibelão, Chico da Silva Roque Cid, fundador e primeiro dono do Boi Caprichoso. Diante de tanta emoção, surgiu o tripa do boi Caprichoso, Markinhos Azevedo, animando a galera ao som de Málùú Dúdú. Na mesma alegoria surgiu a sinhazinha da fazenda, Valentina Cid.
Em um momento tribal denominado, “Bicho Folharal” a rainha do folclore, Cleise Cimas veio montada em uma imensa iguana, seguindo para a sua evolução em uma indumentária rica em detalhes verdes.
O ritual indígena da noite foi o “Mothokari, a fúria do sol” com participação do líder indígena, Davi Kopenawa Yanomami, seguindo pela evolução do Pajé, Erick Beltrão.
Boi Garantido
O boi encarnado defendeu, nesta primeira noite, “A menina dos olhos do mundo”, realçando a origem, ancestralidade e esperança de uma Amazônia respeitada.
Israel Paulain entoou a tradicional toada ‘Vermelho’ para iniciar sua apresentação, com a clássica contagem, reforçando pelo grito da galera. No primeiro módulo alegórico, surgiu a porta-estandarte Lívia Cristina, defendendo o estandarte encarnado.
A segunda surpresa foi a chegada de Isabelle Nogueira na Lenda Amazônica Noçoken. A cunhã-poranga evoluiu aos gritos da galera, onde surpreendeu com a sua metaformose em onça.
No momento folclórico, o ‘Beija-Flor – Origem Ancestral’ apresentou os primórdios do bumba-meu-boi e sua transformação em boi bumbá, com a evolução do boi-bumbá Garantido, representado pelo tripa Denildo Piçanã e a Sinhazinha da Fazenda, Valentina Coimbra.
A figura típica regional trouxe as “Ribeirinhas”, com a rainha do folclore Edilene Tavares, representando Alexandrina Monteverde, mulher negra que ajudou seu filho Lindolfo a confeccionar o primeiro boizinho.
A noite finalizou com o ritual indígena ‘Transcendência Kanamari’, o momento contou com solo de guitarra de Sebastião Júnior e a entrada do Pajé Adriano Paketá, o último a evoluir na Arena.
*Yanka Senna