A vazão nos rios está gerando uma ameaça iminente de escassez de energia em cidades do interior do Amazonas. Ao contrário de Manaus, que está ligada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), as usinas nessas áreas são alimentadas por diesel, que é transportado por meio de balsas.
Benjamin Constant, um município situado na tríplice fronteira com Peru e Colômbia, já está enfrentando problemas devido à seca dos rios Javari e Solimões, o que levou à declaração de estado de emergência. A viagem de barco de Manaus até lá, que costumava durar 20 dias, agora leva até um mês.
Transporte de combustível
Essa mudança no transporte está afetando o abastecimento de diesel para as usinas termoelétricas, que é crucial para gerar eletricidade em localidades como Auxiliadora, Axinim, Sucunduri, Itapiranga, Rio Preto da Eva, Silves, Camaruã e Jacaré. A Amazonas Energia, a empresa concessionária, está levando mais tempo para entregar o combustível, o que pode resultar em uma deficiência de oferta de energia, especialmente com o aumento do consumo devido ao calor.
Outras localidades enfrentam problemas
Outras áreas também estão sendo impactadas, como as regiões dos rios Juruá e Alto Solimões, onde o transporte de cargas pesadas, como postes, é dificultado pela instabilidade do terreno. Essa situação não é exclusiva de Benjamin Constant; a Defesa Civil do Amazonas identificou 23 municípios em situações anormais, sendo 15 em alerta e sete em estado de atenção. Todas essas áreas dependem de usinas termoelétricas alimentadas por diesel.
Providências
A concessionária está implementando medidas para enfrentar esses desafios, incluindo o reforço de equipes para o transporte de cargas pesadas em terrenos complexos. No entanto, a situação é complexa e exige atenção para evitar a possibilidade de racionamento de energia.
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