Pela primeira vez, na Amazônia, ocorre a locomoção da soja em um único comboio de 30 balsas juntas. Este feito é inédito para a navegação fluvial da região e se locomoverá pelo Rio Madeira, do Amazonas até Rondônia.
Comboio inédito na Amazônia
Para esta operação foram levados em consideração as particularidades do clima e dos rios da Amazônia, como densidade, vento, correnteza e hidrovia barrenta do Madeira.
Esta nova forma de transportar a soja possibilita que ela passe direto para os navios, sem precisar armazém, para formar volume para esperar ser recarregada – o que reduz os custos operacionais, que antes eram estocados no município de Itacoatiara.
Como funciona o comboio inédito na Amazônia?
A carga, da multinacional Amaggi, saiu de Porto Velho, com grãos da região Centro-Oeste, com destino a Itacoatiara.
Ao chegar à cidade do Amazonas, a soja será transbordada das barcaças para um navio. E daí, os grãos são transportados para fora do país.
Uma esperança sem a BR-319
Esta possibilidade dá uma esperança para nortistas, que encontram dificuldades em escoar produção. Sem a BR-319, o transporte fluvial é a única opção para quem precisa movimentar esta economia.
Esta nova modalidade, ainda que mais longa (1.060 quilômetros) que BR-319, é muito mais econômica para as empresas, que não precisam enfrentar as obras paralisadas na rodovia. Este comboio de barcaças é capaz de evitar o tráfego de 2 mil carretas pelas estradas.
*Yanka Senna. Com informações do BNC Amazonas.