domingo, outubro 26, 2025
More
    HomePoderBrasilCCJ inicia reunião para votar texto da Reforma da Previdência

    CCJ inicia reunião para votar texto da Reforma da Previdência

    Publicado em

    A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados iniciou, nesta quarta-feira (17), a votação do texto da Reforma da Previdência, enviada pelo Poder Executivo.

    O encontro começou por volta de 10h (horário de Brasília), após membros da CCJ discutirem por mais de 12 horas a proposta de emenda à Constituição da Previdência (PEC 6/19), na terça-feira (16).

    Agora, os deputados passam para a votação do parecer do relator, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), que recomenda a aprovação do texto enviado pelo Poder Executivo.

    Se a reforma da Previdência for aprovada nesta terça (16) pela CCJ, seguirá para a análise de uma comissão especial e, depois, do Plenário da Câmara.

    Acompanhe a votação ao vivo.

    Contra x A favor

    Eram mais de 120 deputados inscritos para debater. Segundo o presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), ao todo falaram 55 deputados contrários à reforma, 19 favoráveis e 14 líderes partidários.

    Primeira parlamentar a falar na fase de discussão, a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) criticou modificações colocadas no texto que não dizem respeito à Previdência, como a redução do abono salarial – benefício de um salário mínimo anual pago a trabalhadores brasileiros que recebem até dois salários de remuneração mensal.

    Segundo Bomfim, o governo de Jair Bolsonaro trata aqueles que recebem dois salários mínimos como privilegiados: “ele quer que somente aqueles que ganham até um salário mínimo [recebam o benefício]. E eu pergunto para o senhor ministro Paulo Guedes e para o senhor Jair Bolsonaro se eles conseguiriam viver somente com dois salários mínimos”.

    O deputado Coronel Armando (PSL-SC) defendeu a reforma e comparou a previdência atual a um navio afundando. “Hoje estamos embarcados num Titanic. O que levou o Titanic ao desastre foram diversos erros cometidos pela tripulação que comandava o navio e pelos donos da empresa construtora da embarcação. Comparando o Brasil ao Titanic, temos sinais claros de que o nosso país vive um processo de envelhecimento. O Brasil mantém a idade de aposentadoria de 1940″, afirmou o deputado.

    O deputado Darcísio Perondi (MDB-RS) também falou que a escolha é entre aprovar a reforma e afundar. “Quem ganha menos paga menos, quem ganha mais vai pagar mais. Ou é reformar ou afundar”, defendeu Perondi.

    Efeitos na economia

    Por outro lado, o deputado Afonso Motta (PDT-RS) considerou que alguns pontos da reforma seriam inconstitucionais. Ele criticou, em especial, a desconstitucionalização de pontos das regras previdenciárias, ou seja, a retirada desses pontos do texto da Constituição, transformando-os em lei complementar, que tem aprovação mais fácil no Congresso.

    O deputado também acredita que o resultado da reforma será ruim para a economia. “O argumento de justiça fiscal é limitado, é restrito, e não supera a dignidade humana, não supera a dignidade do trabalho. E termos um valor menor dos benefícios só pode produzir um resultado: é o crescimento negativo, que tem produzido um desemprego em massa”, acredita Motta.

    A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), porém, disse que o desemprego vai aumentar caso a reforma não seja aprovada. “Se não aprovarmos a nova Previdência, o Brasil quebra, para, e acabou, não há mais o que fazer. O desemprego chegará a 15% em 2023, o que seria catastrófico, a maior taxa da história”, afirmou Hasselmann.

    O deputado Danilo Cabral (PSB-PE), por sua vez, afirmou que “a proposta de reforma da Previdência faz parte de um processo de desmonte do Estado e do bem-estar social brasileiro”. Para Cabral, a reforma “é o que tem de mais criminoso sendo apresentado por este governo” e vai “colocar nas costas do povo brasileiro uma conta que não foi ele que fez”.

    O líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), criticou a proposta no que diz respeito ao modelo de capitalização. Atualmente, no modelo de repartição, a contribuição dos trabalhadores serve para pagar os aposentados de hoje. A capitalização funciona como uma poupança individual, em que o trabalhador recebe, na aposentadoria, o que a conta dele tiver rendido. Segundo Molon, “o regime de capitalização entrega cada um à própria sorte”.

    A deputada Caroline de Toni (PSL-SC) ofereceu outro ponto de vista. “O governo Bolsonaro está a favor dos mais pobres. Não adianta ter aposentadoria e não ter dinheiro para pagar, nós temos que enfrentar a realidade”, defendeu.

    Últimos Artigos

    Servidores da CCM terão abono natalino garantido em dezembro

    Os servidores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) receberão abono natalino no mês de...

    Manaus celebra 356 anos: da fundação à metrópole amazônica

    A capital amazonense Manaus celebra 356 anos nesta sexta-feira (24/10), reafirmando sua importância histórica,...

    Manaus abre programação natalina com neve artificial e pista de gelo

    A magia do Natal chegou oficialmente a Manaus. A Prefeitura lançou, nesta quinta-feira (23),...

    Sine Manaus oferece 365 vagas de emprego em diferentes áreas nesta quinta-feira 23/10

    O Sine Manaus oferece 365 vagas de emprego nesta quinta-feira, 23/10, em diversas áreas...

    Mais artigos como este

    Servidores da CCM terão abono natalino garantido em dezembro

    Os servidores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) receberão abono natalino no mês de...

    Manaus celebra 356 anos: da fundação à metrópole amazônica

    A capital amazonense Manaus celebra 356 anos nesta sexta-feira (24/10), reafirmando sua importância histórica,...

    Manaus abre programação natalina com neve artificial e pista de gelo

    A magia do Natal chegou oficialmente a Manaus. A Prefeitura lançou, nesta quinta-feira (23),...