quarta-feira, agosto 6, 2025
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    Buracos milenares formam ‘banheiras’ naturais no Amazonas

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    Formações geológicas raras têm até 6,3 metros de profundidade e atraem turistas para Presidente Figueiredo

    Em meio à floresta amazônica, a Cachoeira do Mutum, localizada no município de Presidente Figueiredo (a 175 km de Manaus), abriga um fenômeno geológico que encanta turistas e intriga pesquisadores: mais de 10 buracos naturais esculpidos pela ação da água há cerca de 5 milhões de anos. Conhecidos como “marmitas” ou “panelas”, esses poços formam verdadeiras banheiras naturais no leito do rio.

    O local integra um geossítio da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Adão e Eva, com entrada no km 54 da rodovia AM-240. Para chegar aos buracos, é preciso percorrer cerca de 6 km em estrada de terra, trajeto que pode ser feito a pé ou de carro.

    Foto: Globo Repórter

    Origem dos buracos misteriosos

    Segundo a pesquisadora e mestre em geociências pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Isabela Apoema, os buracos são resultado do movimento circular da água, que, junto com grãos de areia presos no interior, desgasta e aprofunda o arenito presente na região.

    Na área destinada aos banhistas, é possível encontrar pelo menos 11 dessas cavidades, mas levantamentos já identificaram 27 buracos no conjunto da cachoeira, com características impressionantes:

    • Diâmetro médio: cerca de 2 metros

    • Profundidade média: 2,3 metros

    • Buraco mais profundo: 6,3 metros

    Formações semelhantes também podem ser vistas em locais como o Geoparque Seridó (RN) e o distrito de Fazenda Nova (PE).

    Atração turística e ecossistema

    Além de atrair banhistas, os buracos servem de abrigo para plantas, algas, peixes, sapos e até cobras, integrando o ecossistema local. Por estar em uma RPPN, a área é protegida por lei, mas ainda pode sofrer riscos de degradação ambiental.

    A Cachoeira do Mutum funciona diariamente, das 8h às 18h, com entrada de R$ 20 por pessoa. O período ideal para visita é entre agosto e setembro, durante o “verão amazônico”, quando o nível das águas baixa e revela as formações. Na cheia, no primeiro semestre, os buracos ficam submersos.

    Além das “banheiras” naturais, o local conta com uma queda d’água de seis metros e uma pequena praia que surge na seca. Trilhas ao redor também estão disponíveis, sendo recomendado o acompanhamento de guias para segurança dos visitantes.

     

     

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