O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, confirmou nesta sexta-feira (10) o fechamento da fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, impedindo a saída de um grupo de 34 brasileiros que havia recebido autorização para retornar ao Brasil após mais de um mês do início do conflito na região.
O grupo, composto por brasileiros e palestinos em processo de naturalização, aguardava desde o início da manhã a possibilidade de atravessar a fronteira de Rafah. A autorização para deixar o território palestino só foi concedida após 34 dias de hostilidades no Oriente Médio, e os membros do grupo estavam nas cidades de Khan Yunis e Rafah, no sul de Gaza.
Em uma rede social, o comerciante Hasan Rabee, de 30 anos, se despediu da mãe, expressando a dificuldade de deixá-la e seus dois irmãos em condições precárias. O grupo embarcou em um ônibus de Khan Yunis para Rafah, mas ao chegar à fronteira, encontrou-a fechada. Hasan, em vídeos enviados à Agência Brasil, informou que as ambulâncias com feridos não haviam chegado, impedindo a viagem.
As fronteiras de Rafah foram fechadas duas vezes nos últimos dias, sendo a primeira entre sábado (4) e segunda-feira (6) devido a um bombardeio israelense a um comboio de ambulâncias. Na última quarta-feira (8), a fronteira foi novamente fechada por questões de segurança, conforme informado pelos Estados Unidos. Se nenhum novo problema ocorrer, os brasileiros poderão cruzar para o Egito, já que a fronteira permaneceu fechada nesta sexta-feira até o meio-dia local.